terça-feira, 19 de outubro de 2010

TEMPO DE CÓLERA

Não respeitamos o tempo
o vento corta com sua última lufada,
apoiado pela multidão de sombras,
até quem confiamos se atrasa

sempre soubemos de onde viria
a faca da sombra que nos cortaria o norte
aceitamos paralisados, decepados,
ficou a lembrança, embora reprimida.

Não sei se haverá resgate,
ainda estamos vivos. Ventania
que como tufão nos carrega,
nunca entendemos, todavia, amamos.

sempre soubemos de onde viria
a faca da sombra que nos cortaria o norte
quase sucumbimos as facadas,
fica lembrança, de um tempo de cólera.

Um comentário:

  1. Passando no blog e relendo tudo.
    Perplexa, pois a cada nova leitura me surpreendo ainda mais.

    Amei essa em especial.


    Cris Fernandez

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