Nada deu certo,
tudo ainda é incerto.
O povo soa a camisa
- Para quê?
O fim do tradicionalismo chega,
depois o nosso, e agora?
Muda o mundo?
Amanhece, escurece, sobe, desce,
assim. Fome ao norte, ao sul,
ao leste e oeste,
as hienas comendo o que resta.
E agora? As hienas
continuam a rir, pois restam
muito povo pra comer,
e um cheiro de meu Deus.
Nem sei mais o que dizer. Pensar
demais me traz desconforto,
ouvir dói os ouvidos,
nessa grande mesmice.
Tudo sem mudar, tudo se transforma,
não há negação radical, não há novo,
de novo o mesmo sol,
a mesma chuva.
Ontem passou
Hoje já vai,
Como será o amanhã?
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