Pergunto:
Menina o que você olha?
O que você vê
além do que já está posto?
Minha menina, nos olhos
engole o silêncio,
no limite desse olhar
fiquei pasmo,
havia adiante, o mundo, e,
os cegos não enxergavam a pérola.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
MEDO
Nada é claro
na rua da minha casa.
Latem cachorros,
gatos pretos passeiam,
Passos marcam o compasso
por onde caminham fantasmas.
Um bêbado mija no poste, e,
projéteis me assoviam assexuados,
as pernas se recusam a andar,
a violência não me desvia o olhar.
Ufa! Não me escolhe a faminta,
devora outro inocente,
dou um, dois, três passos,
caminho porque não morri,
passageiro, passarinho
vou voar dessa gaiola chinfrim.
na rua da minha casa.
Latem cachorros,
gatos pretos passeiam,
Passos marcam o compasso
por onde caminham fantasmas.
Um bêbado mija no poste, e,
projéteis me assoviam assexuados,
as pernas se recusam a andar,
a violência não me desvia o olhar.
Ufa! Não me escolhe a faminta,
devora outro inocente,
dou um, dois, três passos,
caminho porque não morri,
passageiro, passarinho
vou voar dessa gaiola chinfrim.
IDADE
A juventude se esvai
entre dedos, hora a hora,
No rosto o silêncio e ela
vigiando fotografias,
todo dia volto ao começo
entre vômitos de rugas e verdades
que conheço e desconheço,
recriando do que padeço,
sonhos me acompanham
cobrando coisas de criança,
esse é um dia secreto
viajando com cogumelos.
entre dedos, hora a hora,
No rosto o silêncio e ela
vigiando fotografias,
todo dia volto ao começo
entre vômitos de rugas e verdades
que conheço e desconheço,
recriando do que padeço,
sonhos me acompanham
cobrando coisas de criança,
esse é um dia secreto
viajando com cogumelos.
TERRA DO NUNCA
Ainda sonho
nessa terra do nunca,
não na linha da frente,
nem na linha do fundo,
entre meus golpes de vista
entre o tudo e o nada,
vida severa violenta
que nesse poema explode,
que não posso deixar morrer,
nem posso deixar me matar.
nessa terra do nunca,
não na linha da frente,
nem na linha do fundo,
entre meus golpes de vista
entre o tudo e o nada,
vida severa violenta
que nesse poema explode,
que não posso deixar morrer,
nem posso deixar me matar.
AGORA SEI
Agora sei
que já passei
Já fui
ainda miserável,
Agora sei
levantei, me curvei
procurei, achei
não guardei,
Agora sei
que sou culpado
de levantar muros
que não derrubei,
Agora sei
geração
gera-ação
mesmo distraída.
que já passei
Já fui
ainda miserável,
Agora sei
levantei, me curvei
procurei, achei
não guardei,
Agora sei
que sou culpado
de levantar muros
que não derrubei,
Agora sei
geração
gera-ação
mesmo distraída.
AMÉM
Há tempos que escuto estórias.
Que a história agita lenços
brancos de derrotas, como pombas
brancas manchadas de sangue,
na vida urbana, no campo
do gado na fila do matadouro,
rumo a paz com orgulho, nessa
história embaixo do tapete,
em cada momento, que se inicia
a necessidade, assim como finda
quando a chuva leva o sangue
no consumo da naturalizado,
de joelhos ontem, sempre
palmas juntas abertas,
Hoje ainda, a palavra amém.
Que a história agita lenços
brancos de derrotas, como pombas
brancas manchadas de sangue,
na vida urbana, no campo
do gado na fila do matadouro,
rumo a paz com orgulho, nessa
história embaixo do tapete,
em cada momento, que se inicia
a necessidade, assim como finda
quando a chuva leva o sangue
no consumo da naturalizado,
de joelhos ontem, sempre
palmas juntas abertas,
Hoje ainda, a palavra amém.
TRANSFORMAÇÕES
Somos nós trabalhadores
que levantamos prédios, casas,
alteramos a natureza, o País,
Somos nós trabalhadores
que levantamos cidades,
com as ferramentas da tortura,
Somos nós trabalhadores,
que navegamos mares e céu
com o rosto molhado de sal,
Somos nós o amanhã,
ancorados porto a porto,
para onde?
De punhos cerrados,
tremulam outras bandeiras
que nunca são o bastante.
que levantamos prédios, casas,
alteramos a natureza, o País,
Somos nós trabalhadores
que levantamos cidades,
com as ferramentas da tortura,
Somos nós trabalhadores,
que navegamos mares e céu
com o rosto molhado de sal,
Somos nós o amanhã,
ancorados porto a porto,
para onde?
De punhos cerrados,
tremulam outras bandeiras
que nunca são o bastante.
MILITÂNCIA
Levanto bandeiras, luto
pela verdade, e,
aguardo respostas,
Abro minhas portas, contradições?
Espero que entrem, pelas janelas
entre luzes e possibilidades,
pássaro, Ícaro, em vôo
bato asas derretidas
de muitas formas.
pela verdade, e,
aguardo respostas,
Abro minhas portas, contradições?
Espero que entrem, pelas janelas
entre luzes e possibilidades,
pássaro, Ícaro, em vôo
bato asas derretidas
de muitas formas.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
INSETOS
Havia um presidente
que roubava palavras das lixeiras,
políticos todavia, sorriam mentiras, e,
escreviam palavrões em meio a ignorância,
se tivessem conhecido Maria Carolina de Jesus
talvez tivessem aprendido sobre quartos de despejo,
mas insetos e pernilongos são apreciadores de sangue e restos.
que roubava palavras das lixeiras,
políticos todavia, sorriam mentiras, e,
escreviam palavrões em meio a ignorância,
se tivessem conhecido Maria Carolina de Jesus
talvez tivessem aprendido sobre quartos de despejo,
mas insetos e pernilongos são apreciadores de sangue e restos.
AMAR E PARAR
Como é que se pode
afirmar, que há...
rima entre...
amar e parar,
há muita poesia
no meio,
dá vontade de beijar,
amar e parar,
por aqui,
não precisa ser hoje,
sei lá quando,
meu coração sem dono,
essa ressaca não para,
melhor amar para passar,
tudo ou nada, que nos resta,
viver essas rimas, enfim...
vomitar por você.
afirmar, que há...
rima entre...
amar e parar,
há muita poesia
no meio,
dá vontade de beijar,
amar e parar,
por aqui,
não precisa ser hoje,
sei lá quando,
meu coração sem dono,
essa ressaca não para,
melhor amar para passar,
tudo ou nada, que nos resta,
viver essas rimas, enfim...
vomitar por você.
EMOÇÕES PRIVADAS
Não que eu tenha
esquecido os sorrisos, os beijos
de todas as noites, mesmo cansado,
é que, sei lá, eu não tinha,
antes não, perto ou longe
sempre faltava, vivia um vazio
de saudade que ficava, não sacia
a vontade de te ver, agora
eu tenho, todo dia toda hora,
aqui está, fim de toda emoção
cardíaca, nem lembro mais,
se não está, não precisa ser lembrada,
foi, a fim de ficar,
transbordando o vácuo,
que se rompeu, pronto
para se esvaziar,
mesmo que seja verdade, desamar
é isso, voltar para o nada,
um anti sentimento, começou
agora, essa vontade de ir embora...
esquecido os sorrisos, os beijos
de todas as noites, mesmo cansado,
é que, sei lá, eu não tinha,
antes não, perto ou longe
sempre faltava, vivia um vazio
de saudade que ficava, não sacia
a vontade de te ver, agora
eu tenho, todo dia toda hora,
aqui está, fim de toda emoção
cardíaca, nem lembro mais,
se não está, não precisa ser lembrada,
foi, a fim de ficar,
transbordando o vácuo,
que se rompeu, pronto
para se esvaziar,
mesmo que seja verdade, desamar
é isso, voltar para o nada,
um anti sentimento, começou
agora, essa vontade de ir embora...
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
MENINAS
Uma mulher, uma sereia?
De frente para minhas meninas,
que nadam no fundo dos olhos,
encharcadas pelos tempos de agora,
deste lado do porto, do outro,
o porto do mundo,
Canta cedo o mar,
gaivotas mergulham e pescam
muito antes de mim,
um lado amarrado, outro fundo,
as meninas navegando em tudo,
serão mulheres ou sereias?
Nesse mar onde nado lento,
água que tanto bate e fura,
comovido, como vento,
mar parado, de sal e areia,
não sei se existem sereias,
só sei que a muqueca foi boa.
De frente para minhas meninas,
que nadam no fundo dos olhos,
encharcadas pelos tempos de agora,
deste lado do porto, do outro,
o porto do mundo,
Canta cedo o mar,
gaivotas mergulham e pescam
muito antes de mim,
um lado amarrado, outro fundo,
as meninas navegando em tudo,
serão mulheres ou sereias?
Nesse mar onde nado lento,
água que tanto bate e fura,
comovido, como vento,
mar parado, de sal e areia,
não sei se existem sereias,
só sei que a muqueca foi boa.
MATURIDADE
Uma fruta madurando morta, eu,
banana com cigarro apagado
no canto da boca,
deitado na fruteira
olhando baladas, casais
cheios de céu e flores,
bananeiras e buquês de esperança,
pomar de silhuetas abrigando passarinhos,
que, colhidas vidas suspiram,
degoladas, lavadas, descabeladas,
expostas no centro da mesa,
como maracujás de gaveta,
doze bananas já vivi,
um cacho jaz ali,
penca com calda,
me resta esse sentimento louco,
saber o sabor, despencando
entre a fruteira e a boca.
banana com cigarro apagado
no canto da boca,
deitado na fruteira
olhando baladas, casais
cheios de céu e flores,
bananeiras e buquês de esperança,
pomar de silhuetas abrigando passarinhos,
que, colhidas vidas suspiram,
degoladas, lavadas, descabeladas,
expostas no centro da mesa,
como maracujás de gaveta,
doze bananas já vivi,
um cacho jaz ali,
penca com calda,
me resta esse sentimento louco,
saber o sabor, despencando
entre a fruteira e a boca.
CORUJANDO
Minha vida passa
nesse tempo enorme,
passam nas miragens
da minha janela,
assim me contam as meninas
dos olhos, impotentes e silenciosas
que sou uma coruja.
nesse tempo enorme,
passam nas miragens
da minha janela,
assim me contam as meninas
dos olhos, impotentes e silenciosas
que sou uma coruja.
PRINCESAS
Ainda sonham, cavalos brancos,
castelos, guardados, fechados,
dentro delas - sonhos de terror,
Nesse circo moram crentes,
palhaços num picadeiro de areia,
saltando em cordas frouxas,
Todos pintados, como anjos
cavalgando canduras, que passam ao largo,
marcando o trotar dos corações.
castelos, guardados, fechados,
dentro delas - sonhos de terror,
Nesse circo moram crentes,
palhaços num picadeiro de areia,
saltando em cordas frouxas,
Todos pintados, como anjos
cavalgando canduras, que passam ao largo,
marcando o trotar dos corações.
LUTA
As crianças levadas,
a crer em céu e inferno
aprendem em casa, sob
um céu de telhas e paredes felizes,
gravuras de cegonhas, coelhos de páscoa,
Papai Noel.
Ave gaivotas, marinhas,
Ave Marias, maresias
azuis e rosas todos os dias,
batem palmas, palmas juntas,
cheias de amém e teias
elas crianças num pula pula,
Como encontrar a realidade,
sendo poeta e poesia?
Eu sou - e dentro dela?
Sem verdades absolutas
a Ave Severina grita:
Luta!
a crer em céu e inferno
aprendem em casa, sob
um céu de telhas e paredes felizes,
gravuras de cegonhas, coelhos de páscoa,
Papai Noel.
Ave gaivotas, marinhas,
Ave Marias, maresias
azuis e rosas todos os dias,
batem palmas, palmas juntas,
cheias de amém e teias
elas crianças num pula pula,
Como encontrar a realidade,
sendo poeta e poesia?
Eu sou - e dentro dela?
Sem verdades absolutas
a Ave Severina grita:
Luta!
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
COLHEITA
No seio de uma beterraba
sentava um passarinho amarelo,
cenário intersexual de poemas,
de onde ejaculam rimas como chuva,
rimas, concavas, convexas, curvas,
em uma plantação de milho,
sob os olhares dos espantalhos.
sentava um passarinho amarelo,
cenário intersexual de poemas,
de onde ejaculam rimas como chuva,
rimas, concavas, convexas, curvas,
em uma plantação de milho,
sob os olhares dos espantalhos.
CASA DAS ROSAS
Na hora do almoço
caminham grupos palitando os dentes.
Um mendigo pede um real,
Penso:
(Rua mais sem gente)
Rua cheia de novidades,
atropelamentos de montão,
meninas do: vou ali e já volto, e somem,
Lá na Casa das Rosas
tem uma mulher casada
que não consigo arrancar do jardim,
Deve ser esse meu sentimento Jambo,
Ela cultiva uma flor que já usa band-aid,
que logo, logo vai colecionar sapos, ou,
embuchar de palhaço, como o anjo da sua mãe.
caminham grupos palitando os dentes.
Um mendigo pede um real,
Penso:
(Rua mais sem gente)
Rua cheia de novidades,
atropelamentos de montão,
meninas do: vou ali e já volto, e somem,
Lá na Casa das Rosas
tem uma mulher casada
que não consigo arrancar do jardim,
Deve ser esse meu sentimento Jambo,
Ela cultiva uma flor que já usa band-aid,
que logo, logo vai colecionar sapos, ou,
embuchar de palhaço, como o anjo da sua mãe.
POEMA INFANTIL
Na criancice das palavras
vi um lagarto mastigar um pedaço de vento,
escrevo o que não acontece, infantilmente,
melhor que prender passarinhos dos outros,
Da natureza seu moço!
Lugar de passarinho é em cima de pedra de rio,
palavras com pé no chão
onde os lagartos que mastigam ventos andam,
Meu professor ensinou
que mesmo as palavras bichadas
tem seu valor, seu sentido, ódio e amor,
eu juro não sei quase nada,
Um dia vou saber tanto quanto as abelhas,
que sabem das flores. Não para fazer jardins,
mas para encontrar as sementes de todas as palavras.
vi um lagarto mastigar um pedaço de vento,
escrevo o que não acontece, infantilmente,
melhor que prender passarinhos dos outros,
Da natureza seu moço!
Lugar de passarinho é em cima de pedra de rio,
palavras com pé no chão
onde os lagartos que mastigam ventos andam,
Meu professor ensinou
que mesmo as palavras bichadas
tem seu valor, seu sentido, ódio e amor,
eu juro não sei quase nada,
Um dia vou saber tanto quanto as abelhas,
que sabem das flores. Não para fazer jardins,
mas para encontrar as sementes de todas as palavras.
NADA
Um luar desovou um osso de ovo,
com olho de inseto, um nada com nadadeiras,
sabe das coisa por folhas secas,
não desenvolve, não vai além do nada,
Guarda vento no pulmão, pula de galhos...quebrados,
lambendo palavras alucinadas, fodendo o mundo,
Tem pernas mas não anda, tem asas mas não voa,
um nada, ou, quase nada, nada desenvolvido,
não fala uma coisa nem outra, querendo falar de tudo,
ou quase, coisa que ninguém escutava,
Eles iam cuidar da vida, isto é, assistir as novelas das oito.
ESPERANÇA
Na minha liberdade algemada,
só vivo imagens e formas,
o conteúdo deu adeus,
enterrando a narrativa,
os fragmentos já não colam,
os grilos não falam mais comigo,
sinto-me um pouco resto
como concha cuspida de mar,
sinto falta da infecção das palavras,
dão dor de cabeça mas me mantém vivo,
não sei se estou no fundo de um jazigo, ou,
o vazio de mim que tem esse silêncio bárbaro,
meus verbos estão com o pé na lama,
as palavras não fazem gestos,
tudo caminha para a ignorância,
decidi falar com passarinhos e fazer coisas inúteis,
entretanto na primeira ereção do dia,
o dia promete, olhando um deserto, ou,
um menino brincando num chão de areia
com um molotov em garrafa de coca-cola, sugere mudanças?
só vivo imagens e formas,
o conteúdo deu adeus,
enterrando a narrativa,
os fragmentos já não colam,
os grilos não falam mais comigo,
sinto-me um pouco resto
como concha cuspida de mar,
sinto falta da infecção das palavras,
dão dor de cabeça mas me mantém vivo,
não sei se estou no fundo de um jazigo, ou,
o vazio de mim que tem esse silêncio bárbaro,
meus verbos estão com o pé na lama,
as palavras não fazem gestos,
tudo caminha para a ignorância,
decidi falar com passarinhos e fazer coisas inúteis,
entretanto na primeira ereção do dia,
o dia promete, olhando um deserto, ou,
um menino brincando num chão de areia
com um molotov em garrafa de coca-cola, sugere mudanças?
FILHO DA OUTRA
Aquilo que não conheço é muito mais bonito
para tocar o clítoris do mundo,
o modo como o sol se ascende e apaga,
como canta uma rã todo fim de tarde,
Um verbo movimenta tudo
quando formigas entram em suas casas de bunda,
falar de formigas é insano eu sei,
como sei que elas não dão a luz,
Daquilo que não sei eu me habituo,
minha coleira é determinante no caso,
é como um nada crescendo,
num corpo cheio de vazios.
para tocar o clítoris do mundo,
o modo como o sol se ascende e apaga,
como canta uma rã todo fim de tarde,
Um verbo movimenta tudo
quando formigas entram em suas casas de bunda,
falar de formigas é insano eu sei,
como sei que elas não dão a luz,
Daquilo que não sei eu me habituo,
minha coleira é determinante no caso,
é como um nada crescendo,
num corpo cheio de vazios.
SIMPLICIDADE
O céu é espelho do mar,
misterioso e indecifrável tão quanto,
se há Deus por lá,
deverá haver Deus para a cá?
Ostras, pérolas, vidas, oferendas,
caminhamos sobre ondas,
simples, altivas suntuosas,
para vomitar maré na praia,
Tudo tão simples assim.
misterioso e indecifrável tão quanto,
se há Deus por lá,
deverá haver Deus para a cá?
Ostras, pérolas, vidas, oferendas,
caminhamos sobre ondas,
simples, altivas suntuosas,
para vomitar maré na praia,
Tudo tão simples assim.
RECEITA
Mãos na massa
temos muito trabalho,
neutralidade ideológica não existe,
Mãos a massa
Difícil? Manobra,
neutralidade ideológica não existe,
Mãos a massa
unta a forma, bota a forma,
neutralidade ideológica não existe,
Coloca para assar
com uma pitada de lenda,
neutralidade ideológica não existe.
temos muito trabalho,
neutralidade ideológica não existe,
Mãos a massa
Difícil? Manobra,
neutralidade ideológica não existe,
Mãos a massa
unta a forma, bota a forma,
neutralidade ideológica não existe,
Coloca para assar
com uma pitada de lenda,
neutralidade ideológica não existe.
IDENTIDADE
Sou aquilo que me deu a vida
que vou vivendo a cada passo,
passo tropeçando a rapidez do traço,
Já chorei, já sorri,
já achei, já perdi,
tantas casas que sorriam,
Sou algo vivo,
já nem sinto tanto frio,
nem sei a idade que tenho,
Vou juntar tudo sobre mim,
passado e presente, além de nós,
para me dar um abraço futuro.
que vou vivendo a cada passo,
passo tropeçando a rapidez do traço,
Já chorei, já sorri,
já achei, já perdi,
tantas casas que sorriam,
Sou algo vivo,
já nem sinto tanto frio,
nem sei a idade que tenho,
Vou juntar tudo sobre mim,
passado e presente, além de nós,
para me dar um abraço futuro.
SAUDOSISMO
Oficina - Arena
Os dois teatros do meu início
em que me conheci,
subjetividades tão próximas,
que so de lembrar é como estar lá.
Os dois teatros do meu início
em que me conheci,
subjetividades tão próximas,
que so de lembrar é como estar lá.
CAVALOS BRANCOS
Os que olham mulheres belas,
se olhassem para além da beleza,
veriam que que há nelas
um narcisismo agudo,
Ouvem relinchos de cavalos brancos,
Elas produzem um sorriso frouxo,
num corpo de desamor aflito,
com lábios flácidos e beijos rápidos
com olhos de muitas perguntas,
Ouvem relinchos de cavalos brancos,
Não importa se tem sol ou noite nos cabelos,
tem em comum que são belas,
só não se atentam para além da imagem,
que não há cavalos brancos nos centros urbanos.
se olhassem para além da beleza,
veriam que que há nelas
um narcisismo agudo,
Ouvem relinchos de cavalos brancos,
Elas produzem um sorriso frouxo,
num corpo de desamor aflito,
com lábios flácidos e beijos rápidos
com olhos de muitas perguntas,
Ouvem relinchos de cavalos brancos,
Não importa se tem sol ou noite nos cabelos,
tem em comum que são belas,
só não se atentam para além da imagem,
que não há cavalos brancos nos centros urbanos.
LA MANCHA
Minha mula empacava,
não haviam moinhos na praia,
só os vistos por mim.
Minha armadura ganhei da LBV,
trapos de coração para o dia a dia,
com um escudo de cascas de coco e melancia,
Pança de sobretudo num sol de 40º graus,
Chapéu de palha e tule, botas de solado furada,
um ninja sunsei da Liberdade,
Será que serão poetas? Perguntavam:
Nesses doces trajes poéticos,
repletos de ricas rimas?
Atuais ou medievais,
são quixotes contemporâneos,
vistos como La Mancha.
não haviam moinhos na praia,
só os vistos por mim.
Minha armadura ganhei da LBV,
trapos de coração para o dia a dia,
com um escudo de cascas de coco e melancia,
Pança de sobretudo num sol de 40º graus,
Chapéu de palha e tule, botas de solado furada,
um ninja sunsei da Liberdade,
Será que serão poetas? Perguntavam:
Nesses doces trajes poéticos,
repletos de ricas rimas?
Atuais ou medievais,
são quixotes contemporâneos,
vistos como La Mancha.
RUA TAMANDARÉ
O centro tem muitos ratos,
aqui na Rua Tamandaré nunca falta,
espanto pra todos os lados, e,
ele correm aos bueiros,
Quando estão lá todos juntos,
com certeza falam de mim, e,
um deles faz um comunicado:
Vou participar da São Silvestre!
aqui na Rua Tamandaré nunca falta,
espanto pra todos os lados, e,
ele correm aos bueiros,
Quando estão lá todos juntos,
com certeza falam de mim, e,
um deles faz um comunicado:
Vou participar da São Silvestre!
ÁGUA BRANCA
Um parque sem rios ou fonte,
verde água branca,
onde construo lembranças
sob memórias rasas,
Verdes sombras, desvendei,
obscuras relações,
encobertas por frondosas árvores,
frutificando segredos,
Suspeitas me franzem a testa
das descobertas secas,
molhando um tempo,
entre verdades e mentiras,
Sei que ali corre uma jovem,
suando pelo caminho escultural,
sombra sinuosa, saltitante,
que avança com o pensamento que lembro.
verde água branca,
onde construo lembranças
sob memórias rasas,
Verdes sombras, desvendei,
obscuras relações,
encobertas por frondosas árvores,
frutificando segredos,
Suspeitas me franzem a testa
das descobertas secas,
molhando um tempo,
entre verdades e mentiras,
Sei que ali corre uma jovem,
suando pelo caminho escultural,
sombra sinuosa, saltitante,
que avança com o pensamento que lembro.
SAMPA É NÓS
As ruas de Sampa não nos oprimem,
suas calçadas, lojas, arranha-céus.
São as pessoas, coisas bípedes,
que ruminam, ruminam e mordem,
Suas utopias que empurram a vida,
impulsionam limites, pichando de
alucinações rebeldes o dia, depois de amanhã,
num muro extenso,
aqui nessas ruas qualquer coisa pode ser,
João e Maria de barbas e bigodes,
procurando sem saber o que,
crescendo, indo, vindo, eu, ficando,
nossas tímidas resistências,
a outras lógicas, ilógicas,
da qual se vestir mesmo que sem relevância.
suas calçadas, lojas, arranha-céus.
São as pessoas, coisas bípedes,
que ruminam, ruminam e mordem,
Suas utopias que empurram a vida,
impulsionam limites, pichando de
alucinações rebeldes o dia, depois de amanhã,
num muro extenso,
aqui nessas ruas qualquer coisa pode ser,
João e Maria de barbas e bigodes,
procurando sem saber o que,
crescendo, indo, vindo, eu, ficando,
nossas tímidas resistências,
a outras lógicas, ilógicas,
da qual se vestir mesmo que sem relevância.
EXISTÊNCIA
Se somos a síntese da existência
no tamanho possível dos nossos sonhos,
não encontramos ainda nosso caminho,
nas casas, ruas, espaços e tempo,
O inesperado futuro nos questiona:
O que deixamos de fazer no passado?
Uma ira covarde invade tudo,
somente uma ira impotente,
Míopes olhares desvirtuam nossa ousadia,
nessa vida defensiva de fracassos guardados,
um cigarro, outro, muito mais, e,
um pavor da inércia do lucro,
São livres os caminhos que não se encontram?
Corpos que transitam como um bando de andorinhas,
um balé de muitos, únicos, paradoxal e obscuro.
no tamanho possível dos nossos sonhos,
não encontramos ainda nosso caminho,
nas casas, ruas, espaços e tempo,
O inesperado futuro nos questiona:
O que deixamos de fazer no passado?
Uma ira covarde invade tudo,
somente uma ira impotente,
Míopes olhares desvirtuam nossa ousadia,
nessa vida defensiva de fracassos guardados,
um cigarro, outro, muito mais, e,
um pavor da inércia do lucro,
São livres os caminhos que não se encontram?
Corpos que transitam como um bando de andorinhas,
um balé de muitos, únicos, paradoxal e obscuro.
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