segunda-feira, 30 de setembro de 2019

MEDO

Nada é claro
na rua da minha casa.
Latem cachorros,
gatos pretos passeiam,

Passos marcam o compasso
por onde caminham fantasmas.
Um bêbado mija no poste, e,
projéteis me assoviam assexuados,


as pernas se recusam a andar,
a violência não me desvia o olhar.
Ufa! Não me escolhe a faminta,
devora outro inocente,

dou um, dois, três passos,
caminho porque não morri,
passageiro, passarinho
vou voar dessa gaiola chinfrim.


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