Nada é claro
na rua da minha casa.
Latem cachorros,
gatos pretos passeiam,
Passos marcam o compasso
por onde caminham fantasmas.
Um bêbado mija no poste, e,
projéteis me assoviam assexuados,
as pernas se recusam a andar,
a violência não me desvia o olhar.
Ufa! Não me escolhe a faminta,
devora outro inocente,
dou um, dois, três passos,
caminho porque não morri,
passageiro, passarinho
vou voar dessa gaiola chinfrim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário