O homem herdou a palavra
Alguns com um magro destino
outros a conduziram a brilho,
pra muitos são cantilenas,
de velhas doutrinas,
opiniões e crenças,
como fantasmas,
nascidas das penas,
dos mundos dos reis e guerras,
que ainda assombram o mundo,
ocultas entrelinhas,
de bandeira de revoluções,
pão, terra e liberdade,
e trágica pra quem não ouvira.
Na guerra por seu domínio,
muitos foram calados,
pagaram quem lhe acharam dono,
pois em si mesmo ela lhe impede,
armada de liberdade,
cuspindo em balas,
não são mais palavras.
Só o poeta lhe tem companheira,
calado,
queixando-se as flores,
que pena não falam,
somente mudas de versos e prosas,
que falam consigo.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
MENINA DOS OLHOS
Olhos grandes,
meninas negras,
olhos brancos,
em brincadeira,
meninas claras,
sedutoras e livres,
jóias raras,
olhos e meninas,
quase louças,
cúmplices na vida do corpo,
que sabedor de sua beleza,
cavalga a moça.
meninas negras,
olhos brancos,
em brincadeira,
meninas claras,
sedutoras e livres,
jóias raras,
olhos e meninas,
quase louças,
cúmplices na vida do corpo,
que sabedor de sua beleza,
cavalga a moça.
RUGAS DE MENINO
Quando o homem era menino
de olhar faminto
devorava tudo em dobro.
Enormes olhos, de menina castanho,
curiosa,
sedutora quando observada,
olhares cruzados, flertaram,
inocentes com energia.
Como saberia o menino,
que o tempo lhe enrugaria,
o rosto, o riso.
Entristecida a menina,
com os sonhos que queria,
se perderam por ai.
Só há um restinho de antes,
nas linhas dessa poesia.
de olhar faminto
devorava tudo em dobro.
Enormes olhos, de menina castanho,
curiosa,
sedutora quando observada,
olhares cruzados, flertaram,
inocentes com energia.
Como saberia o menino,
que o tempo lhe enrugaria,
o rosto, o riso.
Entristecida a menina,
com os sonhos que queria,
se perderam por ai.
Só há um restinho de antes,
nas linhas dessa poesia.
O HOMEM É UMA BOMBA
O homem criou a bomba
pra matar o homem
que controla a bomba
que teme o homem
que fabrica a bomba
com que o homem luta
no tempo
como uma bomba
pra explodir primeiro
antes da bomba
pra matar o homem
que controla a bomba
que teme o homem
que fabrica a bomba
com que o homem luta
no tempo
como uma bomba
pra explodir primeiro
antes da bomba
MINHA MORADA
Porta aberta a poesia,
que enche os compartimentos
fazendo do livro sua morada,
alojando, sonhos, risos e momentos,
ressucitando tudo que é morto,
abrindo-se para quem chega,
tempo e espaço,
de benquerença,
que a todo ser aconchega,
verso aqui tem nome,
que esquenta o coração com rima,
porque aqui habita,
poeta e poesia.
que enche os compartimentos
fazendo do livro sua morada,
alojando, sonhos, risos e momentos,
ressucitando tudo que é morto,
abrindo-se para quem chega,
tempo e espaço,
de benquerença,
que a todo ser aconchega,
verso aqui tem nome,
que esquenta o coração com rima,
porque aqui habita,
poeta e poesia.
ONDE ANDAS?
Onde anda seu corpo?
Que a mim vinha enquando,
me causando arrepios insolentes,
me tomando, montando,
invadindo e quente,
com chamegos e dengos.
Que chegava fino,
pesando e ferindo,
perigoso e ousado,
fazendo-se de manso,
que corria os pelos do corpo,
me amando.
Pra meu espanto,
encabulando minha timidez.
Que a mim vinha enquando,
me causando arrepios insolentes,
me tomando, montando,
invadindo e quente,
com chamegos e dengos.
Que chegava fino,
pesando e ferindo,
perigoso e ousado,
fazendo-se de manso,
que corria os pelos do corpo,
me amando.
Pra meu espanto,
encabulando minha timidez.
NOVA VIDA VELHA
Cavalgo pelos campos,vejo flores,
pelo lombo dos homens que encontro,
que encontro aos montes, aos dias,
Atrás do homem que não encontro,
que o tempo esbofeteia o rosto,
rosto enrugado de vida,
encontro um novo vivendo um velho,
com vida que não encontro.
*Direitos Reservados*
pelo lombo dos homens que encontro,
que encontro aos montes, aos dias,
Atrás do homem que não encontro,
que o tempo esbofeteia o rosto,
rosto enrugado de vida,
encontro um novo vivendo um velho,
com vida que não encontro.
*Direitos Reservados*
NOVAS MARIAS
Foram-se os homens dos berros,
Que sentados mandavam dar,
Foram-se as Marias,
mulher pra noite, comidas.
Se agora houver amor,
que seja inteiro,
senão que compre aquela,
meio termo,
que fingida geme,
e te atormenta o sono.
Irrompeu uma mulher diferente,
Não é mais propriedade dada,
ou vendida.
Que venha essa nova Maria,
que ela cavalgue junto com seu homem,
como amazona e montaria,
sem tapas ou bofetões,
que se refaçam as aparencias,
e ambos se preguem botões.
Que sentados mandavam dar,
Foram-se as Marias,
mulher pra noite, comidas.
Se agora houver amor,
que seja inteiro,
senão que compre aquela,
meio termo,
que fingida geme,
e te atormenta o sono.
Irrompeu uma mulher diferente,
Não é mais propriedade dada,
ou vendida.
Que venha essa nova Maria,
que ela cavalgue junto com seu homem,
como amazona e montaria,
sem tapas ou bofetões,
que se refaçam as aparencias,
e ambos se preguem botões.
SEPARAÇÃO
Tantas fez o homem,
que ela cansou,
Como de costume ele,
tarde enxergou.
No coração dela,
mágoa e lágrimas,
caladas,
Sem nada a dizer.
A ele só resta ouvir,
as batidas do coração,
como batem os remos,
que nunca mais voltarão.
que ela cansou,
Como de costume ele,
tarde enxergou.
No coração dela,
mágoa e lágrimas,
caladas,
Sem nada a dizer.
A ele só resta ouvir,
as batidas do coração,
como batem os remos,
que nunca mais voltarão.
PÔPALAVRAS
Cúmplices eu e a caneta;
de mãos dadas num longo passeio,
ao sol escaldante,
frio, garoa ou chuva,
humor discutível,
sonhava sem pesadelos,
sem afetos.
Me sorriam as palavras,
palavras tímidas e dessrrumadas,
fetos pro mundo,
amadurecendo com rimas,
versando existência,
tornando-se poesia.
*Direitos Reservados*
de mãos dadas num longo passeio,
ao sol escaldante,
frio, garoa ou chuva,
humor discutível,
sonhava sem pesadelos,
sem afetos.
Me sorriam as palavras,
palavras tímidas e dessrrumadas,
fetos pro mundo,
amadurecendo com rimas,
versando existência,
tornando-se poesia.
*Direitos Reservados*
CORPO QUE CAI
O menino se isola, soluça,
perdeu por ai o prazer,
deixou ir seu amor,
peito oco apertado,
o corpo a bebida flagela,
olhos não choram, secaram,
sua menina já não brilha,
a boca não fala, balbucia.
Num pálido abrigo,sem habitante,
ermitão que se destrói,
isolando corpo e razão,
debruçado na janela, cai,
alma para vagar no vácuo,
e corpo pra se quebrar na calçada.
*Direitos Reservados*
perdeu por ai o prazer,
deixou ir seu amor,
peito oco apertado,
o corpo a bebida flagela,
olhos não choram, secaram,
sua menina já não brilha,
a boca não fala, balbucia.
Num pálido abrigo,sem habitante,
ermitão que se destrói,
isolando corpo e razão,
debruçado na janela, cai,
alma para vagar no vácuo,
e corpo pra se quebrar na calçada.
*Direitos Reservados*
MARGINAL
A prisão agora te abriga
por desconhecer teu pedaço,
do direito que é seu.
No segredo da noite,
das paredes te velam,
aprende mais do que o cão,
como matar pulgas,
porque necessita.
A ferrugem cobre teu tempo,
de bicho homem que anda,
com as pernas, que nas mãos
por vezes surgem afagos,
não cabem mais consigo na cela,
as pernas, as mãos e os sonhos
de um homem no buraco,
acordando sua verdade,
melhor enterrado vivo,
do que vivo morto.
*Direitos Reservados*
por desconhecer teu pedaço,
do direito que é seu.
No segredo da noite,
das paredes te velam,
aprende mais do que o cão,
como matar pulgas,
porque necessita.
A ferrugem cobre teu tempo,
de bicho homem que anda,
com as pernas, que nas mãos
por vezes surgem afagos,
não cabem mais consigo na cela,
as pernas, as mãos e os sonhos
de um homem no buraco,
acordando sua verdade,
melhor enterrado vivo,
do que vivo morto.
*Direitos Reservados*
SEM GRAÇA
O dia surge, o dia corre
A noite surge, a noite dorme
A hora surge, o tempo passa
O riso surge, o riso chora
O pranto surge, o pranto ama
O momento surge, o momento esconde
A fala surge, a fala cala
O surdo surdo, o surdo ouve
A luz surge, a escuridão apaga
As idéias surgem, a alienação fica
A pomba surge, a guerra fica
A vida surge, a morte mata
O tempo passa, O tempo cria, o tempo mata
O que sem graça surge, a animação enterra.
*Direitos Reservados*
A noite surge, a noite dorme
A hora surge, o tempo passa
O riso surge, o riso chora
O pranto surge, o pranto ama
O momento surge, o momento esconde
A fala surge, a fala cala
O surdo surdo, o surdo ouve
A luz surge, a escuridão apaga
As idéias surgem, a alienação fica
A pomba surge, a guerra fica
A vida surge, a morte mata
O tempo passa, O tempo cria, o tempo mata
O que sem graça surge, a animação enterra.
*Direitos Reservados*
domingo, 16 de setembro de 2007
TOCO
Com um tapa na bunda,
ascendeu-se o pavio da vela,
Minha cara de cêra iluminou,
o recinto, choro de vida.
Ao nascer o mundo
me roubou a chave da bunda
e com toda sua energia,
me afogou em lágrimas,
consumindo-me aos poucos,
fui tornando-me um toco,
procurando como um louco,
uma nova escuridão pra enxergar.
*Direitos Reservados*
ascendeu-se o pavio da vela,
Minha cara de cêra iluminou,
o recinto, choro de vida.
Ao nascer o mundo
me roubou a chave da bunda
e com toda sua energia,
me afogou em lágrimas,
consumindo-me aos poucos,
fui tornando-me um toco,
procurando como um louco,
uma nova escuridão pra enxergar.
*Direitos Reservados*
CRENDICES
Pra contar estórias,
da carochinha,
contratei um vereador,
pras crianças dormir.
Pra limpar a cozinha,
contratei um deputado.
Pra gerenciar um senador,
pra administrar,
um Presidente.
Joguei todos na rua,
e me casei novamente,
com minhas crendices.
*Direitos Reservados*
da carochinha,
contratei um vereador,
pras crianças dormir.
Pra limpar a cozinha,
contratei um deputado.
Pra gerenciar um senador,
pra administrar,
um Presidente.
Joguei todos na rua,
e me casei novamente,
com minhas crendices.
*Direitos Reservados*
LUTA
Olhando no espelho
o rosto de mim mesmo no outro,
testa franzida e olhos cansados,
repetindo as gerações que se movimentam,
amores, desamores, idas e vindas,
com a cabeça pesada de pensamentos confusos,
sobre o ser ou não ser de teorias prenhas.
Nessa sublime crise de existência,
vou desmontando uma casa, tábua por tábua,
pra me fazer um caixão.
Na fronte brota minha lágrima,
escorrida na sofrida feição um homem impotente,
convicto que esse mundo imenso
ainda merece uma boa briga.
Me descubro formiga na fila que anda,
pra rezar, pra pensar, andar em fila,
pra baixo de um pisante, pronto pra ser esmagado,
agora sem mêdo..
*Direitos Reservados*
o rosto de mim mesmo no outro,
testa franzida e olhos cansados,
repetindo as gerações que se movimentam,
amores, desamores, idas e vindas,
com a cabeça pesada de pensamentos confusos,
sobre o ser ou não ser de teorias prenhas.
Nessa sublime crise de existência,
vou desmontando uma casa, tábua por tábua,
pra me fazer um caixão.
Na fronte brota minha lágrima,
escorrida na sofrida feição um homem impotente,
convicto que esse mundo imenso
ainda merece uma boa briga.
Me descubro formiga na fila que anda,
pra rezar, pra pensar, andar em fila,
pra baixo de um pisante, pronto pra ser esmagado,
agora sem mêdo..
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
AMOR DE CARTEIRA
Não falo de amor com ninguém,
não falo de amor por alguém,
meu amor coloquei na carteira,
no bolso do paletó, com o coração na cômoda.
A noite ouço palavras bonitas e carícias caras,
de manhã devolvo o coração ao peito,
coloco os sapatos gastos, visto meu paletó;
os compromissos deixo na cama do quarto,
pelo preço que isso vale,
no corpo estendido,
o cheiro de carícias,
carteira no bolso, ao trabalho.
*Direitos Reservados*
não falo de amor por alguém,
meu amor coloquei na carteira,
no bolso do paletó, com o coração na cômoda.
A noite ouço palavras bonitas e carícias caras,
de manhã devolvo o coração ao peito,
coloco os sapatos gastos, visto meu paletó;
os compromissos deixo na cama do quarto,
pelo preço que isso vale,
no corpo estendido,
o cheiro de carícias,
carteira no bolso, ao trabalho.
*Direitos Reservados*
HOMEM PATETA
Desce o morro,
o homem pateta,
falando impropérios,
pro homem que acorda,
quando o galo canta;
dando tiros pro alto,
na mão do irmão,
e na fome do asfalto;
engole os sapos,
da autoridade comprada,
que xinga os projéteis,
do pé do morro,
mata cristo, surra a criança,
e vai pra ser o rei da floresta,
enriquecido de poeira,
tantas fez o pateta,
que se tornou um caroço,
pro homem gravata legalizado,
que lhe dá um caixão,
e sete palmos de terra.
*Direitos Reservados*
o homem pateta,
falando impropérios,
pro homem que acorda,
quando o galo canta;
dando tiros pro alto,
na mão do irmão,
e na fome do asfalto;
engole os sapos,
da autoridade comprada,
que xinga os projéteis,
do pé do morro,
mata cristo, surra a criança,
e vai pra ser o rei da floresta,
enriquecido de poeira,
tantas fez o pateta,
que se tornou um caroço,
pro homem gravata legalizado,
que lhe dá um caixão,
e sete palmos de terra.
*Direitos Reservados*
CONFORMISMO
Não adianta gritar,
o mundo é surdo,
nem rosa em fuzil
comove o mundo,
Ghandi leva porrada,
de crianças de fralda,
cocas - cola e gazes,
precisa bomba,
pra acordar o que dorme,
do sono profundo da nostalgia de Marx,
do lirismo de Stanislavsky,
na veleidade, insensata,
da mulher guerreira que ama a causa,
mais que o amante na cama.
*Direitos Reservados*
o mundo é surdo,
nem rosa em fuzil
comove o mundo,
Ghandi leva porrada,
de crianças de fralda,
cocas - cola e gazes,
precisa bomba,
pra acordar o que dorme,
do sono profundo da nostalgia de Marx,
do lirismo de Stanislavsky,
na veleidade, insensata,
da mulher guerreira que ama a causa,
mais que o amante na cama.
*Direitos Reservados*
INVERSÃO POÉTICA
Eu não minto, na poesia não dou asas,
imaginando uma vida de rosas,
só falo de espinhos, não floreio balas perdidas
no peito do homem, nem me calo,
sobre crianças remelentas de nariz escorrendo,
correndo na esquina em sandálias de dedo,
fora da escola.
Sonhando com objeto da moda, de tvs e vitrines,
que se pode roubar, pois caráter é abstração,
governo não tenho, mas não aprendi só,
enganar, foi o meu meio poeta,
também não sou poeta, pois meio não existe,
sou cidadão do mundo, de qualquer lugar,
que não mereça devaneios.
*Direitos Reservados*
imaginando uma vida de rosas,
só falo de espinhos, não floreio balas perdidas
no peito do homem, nem me calo,
sobre crianças remelentas de nariz escorrendo,
correndo na esquina em sandálias de dedo,
fora da escola.
Sonhando com objeto da moda, de tvs e vitrines,
que se pode roubar, pois caráter é abstração,
governo não tenho, mas não aprendi só,
enganar, foi o meu meio poeta,
também não sou poeta, pois meio não existe,
sou cidadão do mundo, de qualquer lugar,
que não mereça devaneios.
*Direitos Reservados*
BEBINHO
Todo dia acordado é igual como bala,
de hortelã, num trem lotado barulhento,
como novelo de lã na mão do gato,
desenrolando um sub-emprego,
de sacolas de gêlo, coca,
que se bebe e se cheira,
como vida evangélica,
em vão na boca, um deus cercado,
de amigos ladrões, acariciando corações,
de céu sem dente, com fome,
de mudança que não vem,
porisso se embriago de palavras,
para derreter pedras e andar meu caminho.
*Direitos Reservados*
de hortelã, num trem lotado barulhento,
como novelo de lã na mão do gato,
desenrolando um sub-emprego,
de sacolas de gêlo, coca,
que se bebe e se cheira,
como vida evangélica,
em vão na boca, um deus cercado,
de amigos ladrões, acariciando corações,
de céu sem dente, com fome,
de mudança que não vem,
porisso se embriago de palavras,
para derreter pedras e andar meu caminho.
*Direitos Reservados*
MOEDA
Os reis criaram os Réis,
que fizeram um Cruzeiro,
nos dando um Cruzado,
Cruzado de Novo,
e nós espancados, fudidos,
vamos vivendo na merda,
escravos de um capital,
pois meu único valor é minha força,
serão felizes esses homens?
Um dia ao relento, coberto de notícias,
de crises cíclicas me esquento no jornal,
qque o pensamento eu lia sem dar um grito,
como um lobo noturno, sem procurar minha caça,
sempre fui humano ao invés de verdadeiro animal.
*Direitos Reservados*
que fizeram um Cruzeiro,
nos dando um Cruzado,
Cruzado de Novo,
e nós espancados, fudidos,
vamos vivendo na merda,
escravos de um capital,
pois meu único valor é minha força,
serão felizes esses homens?
Um dia ao relento, coberto de notícias,
de crises cíclicas me esquento no jornal,
qque o pensamento eu lia sem dar um grito,
como um lobo noturno, sem procurar minha caça,
sempre fui humano ao invés de verdadeiro animal.
*Direitos Reservados*
É COISA DOS HOME
A criação da terra?
É coisa dos home.
A fome e a festa?
É coisa dos home.
O sofrimento e o amor?
É coisa dos home.
A paz e a guerra?
É coisa dos home.
Deus e o diabo?
É coisa dos home.
É coisa dos home,
morrer de infarto.
*Direitos Reservados*
É coisa dos home.
A fome e a festa?
É coisa dos home.
O sofrimento e o amor?
É coisa dos home.
A paz e a guerra?
É coisa dos home.
Deus e o diabo?
É coisa dos home.
É coisa dos home,
morrer de infarto.
*Direitos Reservados*
NAS NUVENS
No vôo de Fernão Capelo
com sua gaivota,
vi um mundo correndo,
nem me viu, correndo também,
na vida sempre em sonho,
girando...girando, como roda,
em idealismos bêbados,
que se vão, vão voltando,
a cada volta completa,
vai trazendo, nós de gravatas,
sandálias hippies, guerrilheiros,
deuses santos entre amarrotadas nuvens.
*Direitos Reservados*
com sua gaivota,
vi um mundo correndo,
nem me viu, correndo também,
na vida sempre em sonho,
girando...girando, como roda,
em idealismos bêbados,
que se vão, vão voltando,
a cada volta completa,
vai trazendo, nós de gravatas,
sandálias hippies, guerrilheiros,
deuses santos entre amarrotadas nuvens.
*Direitos Reservados*
TORTURA
Sem casa, sem saúde,
Vive um homem casmurro,
Sem rumo, a pé, descalço,
que luta contra incertezas,
listando o que deixou de cumprir,
como um Vandré,tentando fazer a hora,
entre a tortura do algoz,
num novo porão de gritos,
Werzogs que a história repete,
crueldade de sempre,
roga gigante que submete o homem,
ao próprio homem.
*Direitos Reservados*
Vive um homem casmurro,
Sem rumo, a pé, descalço,
que luta contra incertezas,
listando o que deixou de cumprir,
como um Vandré,tentando fazer a hora,
entre a tortura do algoz,
num novo porão de gritos,
Werzogs que a história repete,
crueldade de sempre,
roga gigante que submete o homem,
ao próprio homem.
*Direitos Reservados*
SURDEZ
Não se ouve
o choro da criança
do mundo.
Não se ouve
O lamento triste
da fome
Não se ouve
o soluço da saúde.
só na abstração
religiosa
algum dia melhor
acontecerá.
Ninguém ouve
o coração do surdo,
que marca a canção,
canto que soa mudo,
que de há de voar
como andorinha,
acabar com os prantos,
ou não,e ser um novo Araguaia.
* Direitos Reservados *
o choro da criança
do mundo.
Não se ouve
O lamento triste
da fome
Não se ouve
o soluço da saúde.
só na abstração
religiosa
algum dia melhor
acontecerá.
Ninguém ouve
o coração do surdo,
que marca a canção,
canto que soa mudo,
que de há de voar
como andorinha,
acabar com os prantos,
ou não,e ser um novo Araguaia.
* Direitos Reservados *
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
RUA EM MOVIMENTO
Apedrejadas de luar e sol,
Cama de sombras imaginárias,
Que fere...
que mata...
que transforma,
atos em poesia,
poetizando a vida ao contrário,
movimento em movimento,
agitados tripulantes de ti,
que hoje somos.
Um dia chegaremos ao abrigo,
guardado de interrogações,
sem respostas, cokm muitas reflexões.
Lembre que há um pouco de nós,
Em teu corpo de piche.
*Direitos Reservados*
Cama de sombras imaginárias,
Que fere...
que mata...
que transforma,
atos em poesia,
poetizando a vida ao contrário,
movimento em movimento,
agitados tripulantes de ti,
que hoje somos.
Um dia chegaremos ao abrigo,
guardado de interrogações,
sem respostas, cokm muitas reflexões.
Lembre que há um pouco de nós,
Em teu corpo de piche.
*Direitos Reservados*
MEU BURACO
No buraco caiu uma semente,
foi germinando aos poucos e planta se fez.
Dela veio vida, um pedaço de raiz,
um pedaço de folha, um pedaço de fruta,madura,
me estiquei pra fora do buraco,
pela primeira vez vi o Sol,
vi a luz, vi gravatas, vi rios,
vi montanhas, vi o amor,
vi queimadas, vi a fome,
vi a morte, vi a dor,
nessa meu olhar com asas,
achei entre montes, um jardim muito verde,
repleto de flores, um cantinho intacto,
de vida de gente, cutuquei...cutuquei,
lá fiz um furinho, bem devagarinho,
ao lado da cachoeira cavei meu novo buraco.
*Direitos Reservados*
foi germinando aos poucos e planta se fez.
Dela veio vida, um pedaço de raiz,
um pedaço de folha, um pedaço de fruta,madura,
me estiquei pra fora do buraco,
pela primeira vez vi o Sol,
vi a luz, vi gravatas, vi rios,
vi montanhas, vi o amor,
vi queimadas, vi a fome,
vi a morte, vi a dor,
nessa meu olhar com asas,
achei entre montes, um jardim muito verde,
repleto de flores, um cantinho intacto,
de vida de gente, cutuquei...cutuquei,
lá fiz um furinho, bem devagarinho,
ao lado da cachoeira cavei meu novo buraco.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
JANELAS
Janelas
Molduras
Da natureza
que pintam a vida,
um jardim florido,
uma rua deserta,
um mar, uma pipa,
Um céu cheio de estrelas,
Um pôr do sol,
Um surgir da lua,
Um amor que passa,
Um beija-flor perdido,
Uma bala perdida,
um avião suicida,
que entra pela janela.
*Direitos Reservados*
Molduras
Da natureza
que pintam a vida,
um jardim florido,
uma rua deserta,
um mar, uma pipa,
Um céu cheio de estrelas,
Um pôr do sol,
Um surgir da lua,
Um amor que passa,
Um beija-flor perdido,
Uma bala perdida,
um avião suicida,
que entra pela janela.
*Direitos Reservados*
ROUPA POÉTICA
Você me parece fazer tanto,
pensar tanto, relaxa!
É só despir sua pele e seguir nua,
até que o mundo te vista com a lua,
aí escolhe tua própria roupa
Se nada lhe couber,
Se veste de poesia.
Deixa transcender tudo,
pelos olhos curiosos.
Coloca braços nas xícaras,
lágrimas na garoa,
esconde a brisa,
aquece o sol,
saliva a boca,
se não ficar feliz,
queixa-se pro mar,
se as ondas não truxerem respostas,
nas garrafas náufragas,
novamente se veste de poesia.
* Direitos Reservados*
pensar tanto, relaxa!
É só despir sua pele e seguir nua,
até que o mundo te vista com a lua,
aí escolhe tua própria roupa
Se nada lhe couber,
Se veste de poesia.
Deixa transcender tudo,
pelos olhos curiosos.
Coloca braços nas xícaras,
lágrimas na garoa,
esconde a brisa,
aquece o sol,
saliva a boca,
se não ficar feliz,
queixa-se pro mar,
se as ondas não truxerem respostas,
nas garrafas náufragas,
novamente se veste de poesia.
* Direitos Reservados*
INVEJA
O alecrim não chorava
quando a garoa caia,
Invejava as folhas,
que lágrimas vertiam,
invejavam as folhas,
o alecrim,
de porte atlético,
corpo esbelto,
invejava a garoa
As lágrimas,
que sentiam-se só,
invejam o alecrim,
fino, cheiroso e frio,
como um cavalheiro inglês,
Morto.
*Direitos Reservados*
quando a garoa caia,
Invejava as folhas,
que lágrimas vertiam,
invejavam as folhas,
o alecrim,
de porte atlético,
corpo esbelto,
invejava a garoa
As lágrimas,
que sentiam-se só,
invejam o alecrim,
fino, cheiroso e frio,
como um cavalheiro inglês,
Morto.
*Direitos Reservados*
SEM FRONTEIRAS
Não se escuta o ronco
da barriga do mundo
quando o mundo tem fronteiras,
fronteiras de credo,
de cor, sexo, de amor,
de deus, de fome e de dor.
O homem de mão de ferro
pegará a picareta,
quebrará o coração de pedra,
e cultivará uma flor
E livre do cativeiro de si
Vai entoar outro canto.
*Direitos Reservados*
da barriga do mundo
quando o mundo tem fronteiras,
fronteiras de credo,
de cor, sexo, de amor,
de deus, de fome e de dor.
O homem de mão de ferro
pegará a picareta,
quebrará o coração de pedra,
e cultivará uma flor
E livre do cativeiro de si
Vai entoar outro canto.
*Direitos Reservados*
VAGANDO
Conheci as ruas
juntando latinhas,
mijando em paredes,
fazendo fogueiras,
vagando sózinho.
Conheci as ruas
tomando cachaça,
vivendo aventuras,
fazendo trapaças,
não sou pobre coitado,
sou um homem capaz, inteligente,
por me deitar com jornais,
escolhi ser largado,
viver sonhos roubados
e almoço esmolado,
sou cheio de mim mesmo.
Com as pessoas que vivo,
sempre sou esperto,
eles são trouxas,
quando não acordam primeiro,
como malandros vividos,
e eu, intrigante,
um corpo vazio,
num mundo hipócrita,
de malícias em sorriso,
me sinto feliz
neste vagar liberto,
que aos outros invejo,
a esposa que acolhe,
pra mim o sereno,
e o perigo da noite,
no preto do asfalto.
Um homem da rua,
homem, moleque,
deste mundo que adoro
Só quero uma mulher
pra amar, pra me dar atenção,
pra fazer poesia,
de noite ao deitar,
descoberto, cansado,
com o rosto tristonho,
quero ser filho de Deus,
com quem peço insistente,
pra junto me levar,
pra com ele morar,
pensamento indeciso,
de quem só sabe vagar,
num vagar impreciso.
juntando latinhas,
mijando em paredes,
fazendo fogueiras,
vagando sózinho.
Conheci as ruas
tomando cachaça,
vivendo aventuras,
fazendo trapaças,
não sou pobre coitado,
sou um homem capaz, inteligente,
por me deitar com jornais,
escolhi ser largado,
viver sonhos roubados
e almoço esmolado,
sou cheio de mim mesmo.
Com as pessoas que vivo,
sempre sou esperto,
eles são trouxas,
quando não acordam primeiro,
como malandros vividos,
e eu, intrigante,
um corpo vazio,
num mundo hipócrita,
de malícias em sorriso,
me sinto feliz
neste vagar liberto,
que aos outros invejo,
a esposa que acolhe,
pra mim o sereno,
e o perigo da noite,
no preto do asfalto.
Um homem da rua,
homem, moleque,
deste mundo que adoro
Só quero uma mulher
pra amar, pra me dar atenção,
pra fazer poesia,
de noite ao deitar,
descoberto, cansado,
com o rosto tristonho,
quero ser filho de Deus,
com quem peço insistente,
pra junto me levar,
pra com ele morar,
pensamento indeciso,
de quem só sabe vagar,
num vagar impreciso.
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