domingo, 16 de setembro de 2007

LUTA

Olhando no espelho
o rosto de mim mesmo no outro,
testa franzida e olhos cansados,
repetindo as gerações que se movimentam,
amores, desamores, idas e vindas,
com a cabeça pesada de pensamentos confusos,
sobre o ser ou não ser de teorias prenhas.
Nessa sublime crise de existência,
vou desmontando uma casa, tábua por tábua,
pra me fazer um caixão.
Na fronte brota minha lágrima,
escorrida na sofrida feição um homem impotente,
convicto que esse mundo imenso
ainda merece uma boa briga.
Me descubro formiga na fila que anda,
pra rezar, pra pensar, andar em fila,
pra baixo de um pisante, pronto pra ser esmagado,
agora sem mêdo..

*Direitos Reservados*

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