quarta-feira, 26 de setembro de 2007

MARGINAL

A prisão agora te abriga
por desconhecer teu pedaço,
do direito que é seu.
No segredo da noite,
das paredes te velam,
aprende mais do que o cão,
como matar pulgas,
porque necessita.
A ferrugem cobre teu tempo,
de bicho homem que anda,
com as pernas, que nas mãos
por vezes surgem afagos,
não cabem mais consigo na cela,
as pernas, as mãos e os sonhos
de um homem no buraco,
acordando sua verdade,
melhor enterrado vivo,
do que vivo morto.

*Direitos Reservados*

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