no semi árido do cimento,
na Rua Morato Coelho,
onde a noite floresce,
Não tem céu, só arranhões
de concreto, muitos gestos,
muitas cores e botecos,
que aquecem o íntimo,
Flores na rua, cobiçados olhares,
violentam calçadas animais,
que as presas vão devorar,
o que se vê no buraco da fechadura?
Agora tudo, a pouco nada,
tudo efêmero na balada,
a noite só começou, de um lado e outro
no meio, fio da navalha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário