Porque ri pra mim
um dia,
no outro finge não me ver,
Para quê?
Se é por um verso,
acostumei-me com o adverso
e não faço mais poesia.
Se é pra falar de sexo,
não sou Wilhein Reich,
nem sou alemão.
Se é pra falar de amor,
procure Vinicius.
Deixa de ser atriz,
e vai pro inferno!
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
ANSIEDADE
ANSIEDADE
De madrugada minha ansiedade
se veste com a melhor roupa,
e como louca
se debruça na janela a olhar para a rua,
com sua paisagem solitária.
Não se ouvem a música daqueles
que dormem como crianças.
De madrugada minha ansiedade
se cansa, descansa sem túmulo; morre
sonha com um corpo amante
viajando num imaginário perdido
ao som dos gemidos em torno.
De madrugada minha ansiedade
me dá esse poema feminino,
quente, orvalhado,
como mulher,
desejada agonia.
Notei que não havia também
tranquilidade em voce.
* Direitos Reservados *
De madrugada minha ansiedade
se veste com a melhor roupa,
e como louca
se debruça na janela a olhar para a rua,
com sua paisagem solitária.
Não se ouvem a música daqueles
que dormem como crianças.
De madrugada minha ansiedade
se cansa, descansa sem túmulo; morre
sonha com um corpo amante
viajando num imaginário perdido
ao som dos gemidos em torno.
De madrugada minha ansiedade
me dá esse poema feminino,
quente, orvalhado,
como mulher,
desejada agonia.
Notei que não havia também
tranquilidade em voce.
* Direitos Reservados *
CAPITALISTA
Aqueles que se alimentam nas bolsas;
mastigam em paz, paz sem você,
até o momento em que ela estoura;
e diante dessa realidade,
o burguês se tortura cinicamente,
por ter demais, por ter de queimar
excessos, viciosos de ciclos em ciclos,
vai morrendo feliz o infeliz,
de tempos em tempos, geração a geração,
numa espiral que não para,
um buraco negro que tudo consome,
até você que lhe sustenta.
Se te tranquiliza saiba:
mesmo que o mundo acabe
Ele continuará existindo.
* Direitos Reservados *
mastigam em paz, paz sem você,
até o momento em que ela estoura;
e diante dessa realidade,
o burguês se tortura cinicamente,
por ter demais, por ter de queimar
excessos, viciosos de ciclos em ciclos,
vai morrendo feliz o infeliz,
de tempos em tempos, geração a geração,
numa espiral que não para,
um buraco negro que tudo consome,
até você que lhe sustenta.
Se te tranquiliza saiba:
mesmo que o mundo acabe
Ele continuará existindo.
* Direitos Reservados *
DIAS CINZENTOS
Em algum momento de nossas vidas
nos tornamos frios, indiferentes,
Se há saída? Poucos conhecem,
Já, sobre nosso percurso
o destino nos abre,
seus braços de ferro negro
em dias cinzentos.
*Direitos Reservados*
nos tornamos frios, indiferentes,
Se há saída? Poucos conhecem,
Já, sobre nosso percurso
o destino nos abre,
seus braços de ferro negro
em dias cinzentos.
*Direitos Reservados*
LÁGRIMAS
Meus olhos transbordaram
num choro quase chorado,
meus lábios sentiram o gosto
da água de um mar,
enxuguei meus sonhos náufragos
com um lenço de cetim branco,
deixei meu olhar solitário
tatuado em seus olhos castanhos,
agora eles estão secos,
lavei todas as amarguras,
de novo sou ninguém como nunca
a espera de outras lágrimas.
Aproveita!
*Direitos Reservados*
num choro quase chorado,
meus lábios sentiram o gosto
da água de um mar,
enxuguei meus sonhos náufragos
com um lenço de cetim branco,
deixei meu olhar solitário
tatuado em seus olhos castanhos,
agora eles estão secos,
lavei todas as amarguras,
de novo sou ninguém como nunca
a espera de outras lágrimas.
Aproveita!
*Direitos Reservados*
DISTANCIAMENTO
Estou perdendo o mêdo
de
degrau
em
degrau
vou chegando a você
pra caçar
Dou l
a t
s o
s
Pra te alcançar mais rápido
a t j o o o r
r s e o c m c b a
pelo mato
meu veneno;
sofro,
cada vez te vejo
mais
d i s t a n t e.
*Direitos Reservados*
de
degrau
em
degrau
vou chegando a você
pra caçar
Dou l
a t
s o
s
Pra te alcançar mais rápido
a t j o o o r
r s e o c m c b a
pelo mato
meu veneno;
sofro,
cada vez te vejo
mais
d i s t a n t e.
*Direitos Reservados*
RECEITA
Despeje todos os seus sonhos
num corpo de sangue quente
e deixe aquecer o coração,
tudo em banho-maria,
adicione compreensão
a todo contraditório,
pique tudo em muitos cubinhos,
junto com sua esperança
e cante sozinho com Caetano,
quando tudo estiver no ponto,
despeje raspas de limão;
o sabor será inconfundível.
Coloque o poema em pequenos potes,
se preferir adicione beijos.
*Direitos Reservados*
num corpo de sangue quente
e deixe aquecer o coração,
tudo em banho-maria,
adicione compreensão
a todo contraditório,
pique tudo em muitos cubinhos,
junto com sua esperança
e cante sozinho com Caetano,
quando tudo estiver no ponto,
despeje raspas de limão;
o sabor será inconfundível.
Coloque o poema em pequenos potes,
se preferir adicione beijos.
*Direitos Reservados*
ME BEIJA
Meu coração de sessenta
já não bate tão entusiasmado,
carrega muitas olheiras
pelos combates travados,
com as hienas sorridentes
que latiam seus pensamentos,
torturando e sorrindo,
torturando e sorrindo,
a vida foi anoitecendo.
Já não bato mais boca com o que
me resta da vida;
Se me beijar...eu te amo.
*Direitos Reservados*
já não bate tão entusiasmado,
carrega muitas olheiras
pelos combates travados,
com as hienas sorridentes
que latiam seus pensamentos,
torturando e sorrindo,
torturando e sorrindo,
a vida foi anoitecendo.
Já não bato mais boca com o que
me resta da vida;
Se me beijar...eu te amo.
*Direitos Reservados*
IGNORADO
Quando te vejo na sala de ensaio
deitada sobre colchonetes azuis,
imagino-a debruçada sobre
o mar,
olhando gaivotas
a espera de um amor
O céu azul está claro
as nuvens desenham pra você
enquanto passeiam pássaros cantando.
Você não nota o poeta
nunca percebe o amor que flui dele.
*Direitos Reservados*
deitada sobre colchonetes azuis,
imagino-a debruçada sobre
o mar,
olhando gaivotas
a espera de um amor
O céu azul está claro
as nuvens desenham pra você
enquanto passeiam pássaros cantando.
Você não nota o poeta
nunca percebe o amor que flui dele.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
SOU SEREI SEU
Pôs-se a tarde imensa
de palavras magras
Vozes navegaram como um navio,
navio que afundam n'aguas
seu peso fundo.
Sem isso bastar, me dispus de gestos
que produziram um efêmero milagre
arrepiando os pelos da sereia.
Meu coração de esperma
separou suas pernas em asas,
e náufrago de mim debrucei
sobre o arbusto daquela nudez.
Amadureci seu fruto viscoso,
caviloso, rosado, vulvoso,
como abelha atormentando um favo.
Penetrei-lhe o centro,
espalhei o pólen criando uma obra
de vida. Venci sua indiferença,
agora sou serei seu.
*Direitos Reservados*
de palavras magras
Vozes navegaram como um navio,
navio que afundam n'aguas
seu peso fundo.
Sem isso bastar, me dispus de gestos
que produziram um efêmero milagre
arrepiando os pelos da sereia.
Meu coração de esperma
separou suas pernas em asas,
e náufrago de mim debrucei
sobre o arbusto daquela nudez.
Amadureci seu fruto viscoso,
caviloso, rosado, vulvoso,
como abelha atormentando um favo.
Penetrei-lhe o centro,
espalhei o pólen criando uma obra
de vida. Venci sua indiferença,
agora sou serei seu.
*Direitos Reservados*
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
FALAS MANSAS
Em meio a velhos discursos
Entre cruzamentos e despachos,
Sobre paralelepípedos pardos
Esgueiram-se falas mansas.
Sonham as almas utópicas
que levantam bandeiras,
Porta estandarte - Inconformismo
Olhando tudo com olhar raivoso.
Mãos calejadas e pés descalsos
Os rostos? Iluminados
De traços iguais ao mundo
com fuzis fumegantes.
Começa uma etapa de sangue
sem saber que toda mudança dói,
como muitos rostos anônimos,
vai chorar quem nunca se machucou.
*Direitos Reservados*
Entre cruzamentos e despachos,
Sobre paralelepípedos pardos
Esgueiram-se falas mansas.
Sonham as almas utópicas
que levantam bandeiras,
Porta estandarte - Inconformismo
Olhando tudo com olhar raivoso.
Mãos calejadas e pés descalsos
Os rostos? Iluminados
De traços iguais ao mundo
com fuzis fumegantes.
Começa uma etapa de sangue
sem saber que toda mudança dói,
como muitos rostos anônimos,
vai chorar quem nunca se machucou.
*Direitos Reservados*
OLHAR HISTÓRICO
De que se despe?
Quando desperta
pro mundo.
Qual é o teu lugar?
Mais ao lado?
De quem?
Se quase existe
o que vais ser?
Se não pensar
o que já passou,
no que passa,
não saberá o que vem!
nem verá os rastros.
*Direitos Reservados*
Quando desperta
pro mundo.
Qual é o teu lugar?
Mais ao lado?
De quem?
Se quase existe
o que vais ser?
Se não pensar
o que já passou,
no que passa,
não saberá o que vem!
nem verá os rastros.
*Direitos Reservados*
TE AMO
Sabe mulher, todos vamos virando
suco em pó
hoje sei, hoje como
voce sabe, que a vida
eu já amava.
Me perco, quando quero dizer
Te amo.
Olho tua silhueta, em curvas
que não trafego. Inseguro
Seguro tuas mãos, vou pra longe
pra ter saudades. Me ensina
Aprendiz te aprendo mulher.
Voce me ignora, como flôr
de plástico na sala. Mesmo assim
sinto que sou música de
violino. Te desalinho. Te lambo
o dorso te amo.
*Direitos Reservados*
suco em pó
hoje sei, hoje como
voce sabe, que a vida
eu já amava.
Me perco, quando quero dizer
Te amo.
Olho tua silhueta, em curvas
que não trafego. Inseguro
Seguro tuas mãos, vou pra longe
pra ter saudades. Me ensina
Aprendiz te aprendo mulher.
Voce me ignora, como flôr
de plástico na sala. Mesmo assim
sinto que sou música de
violino. Te desalinho. Te lambo
o dorso te amo.
*Direitos Reservados*
EMANCIPAÇÃO
Mulher ainda envergonhada
cansada de ser coxo da vida,
passou a cozinhar e comer
e as sobras dar para o cachorro.
Acabaram-se os prantos,
devolveu o nome ao porco
e adubou o que já parecia morto.
Semente,
que criou raízes,
deu frutos
e bateu asas.
*Direitos Reservados*
cansada de ser coxo da vida,
passou a cozinhar e comer
e as sobras dar para o cachorro.
Acabaram-se os prantos,
devolveu o nome ao porco
e adubou o que já parecia morto.
Semente,
que criou raízes,
deu frutos
e bateu asas.
*Direitos Reservados*
sábado, 8 de novembro de 2008
OVULAÇÃO
A noite
ovula
de noite
a lua
cheia
pra noite
minguando
a lua
que dorme
a noite
que acorda
a lua
que ovula
a noite.
*Direitos Reservados*
ovula
de noite
a lua
cheia
pra noite
minguando
a lua
que dorme
a noite
que acorda
a lua
que ovula
a noite.
*Direitos Reservados*
MUDANÇA
Sentados em nossa varanda
meu silêncio e o dela não se falavam,
nem combinavam pra ser sincero;
em qualquer direção que olhássemos,
a natureza descansava zombando de nós,
como se a estação lhe fosse de risos e preguiça.
Naquela primavera ficamos mais profundos,
fomos profundo e nos transformamos,
tanto...tanto
que nos afogamos logo depois.
*Direitos Reservados*
meu silêncio e o dela não se falavam,
nem combinavam pra ser sincero;
em qualquer direção que olhássemos,
a natureza descansava zombando de nós,
como se a estação lhe fosse de risos e preguiça.
Naquela primavera ficamos mais profundos,
fomos profundo e nos transformamos,
tanto...tanto
que nos afogamos logo depois.
*Direitos Reservados*
CAMINHOS
Os caminhos não andam,
não podem ir a lugar algum,
não adianta querer.
Que chato!
É melhor assim,
porque poderemos nos encontrar
por ai.
*Direitos Reservados*
não podem ir a lugar algum,
não adianta querer.
Que chato!
É melhor assim,
porque poderemos nos encontrar
por ai.
*Direitos Reservados*
ÉBRIO
A vida se veste como eu quero,
mal vestida ou nua.
Ela é minha!
Tô preto, tô de luto,
minha garrafa morreu,
de pinga, claro!
E ninguém tem nada haver com isso!
*Direitos Reservados*
mal vestida ou nua.
Ela é minha!
Tô preto, tô de luto,
minha garrafa morreu,
de pinga, claro!
E ninguém tem nada haver com isso!
*Direitos Reservados*
VIVENDO
Toda vez que ela levanta,
deixa tatuado um coração
no assento da cadeira,
só percebo quando não estou fazendo nada;
vagabundando por amor,
atrás de uma rima que chame,
a atenção dela
não por medo dela me abandonar,
não quero seu esquecimento,
por isso gosto de envelhecer,
não quero ser antigo pra ela.
* Direitos Reservados*
deixa tatuado um coração
no assento da cadeira,
só percebo quando não estou fazendo nada;
vagabundando por amor,
atrás de uma rima que chame,
a atenção dela
não por medo dela me abandonar,
não quero seu esquecimento,
por isso gosto de envelhecer,
não quero ser antigo pra ela.
* Direitos Reservados*
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
SOL
A marcha avança
Os soldados quebram o silêncio
E um monte de homens
Juntam os cacos
vão voltando a falar
Antes do novo sol.
*Direitos Reservados*
Os soldados quebram o silêncio
E um monte de homens
Juntam os cacos
vão voltando a falar
Antes do novo sol.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 22 de julho de 2008
NOVOS LIBERAIS
Nos becos insanos
Nas ruas sem saneamento
dos barracos de madeira
os projéteis gritam
toda noite
Tremem os alienados
diante da tv
enquanto a sirene assovia
lá fora o poder do estado
com o olhar firme
Olhos vermelhos
mãos calosas
pés descalços
em andrajos
mas a memória? - Clara -
Outros tempos
ditadura explícita
queimava a pele
hoje disfarçada
de cão amigo.
*Direitos Reservados*
Nas ruas sem saneamento
dos barracos de madeira
os projéteis gritam
toda noite
Tremem os alienados
diante da tv
enquanto a sirene assovia
lá fora o poder do estado
com o olhar firme
Olhos vermelhos
mãos calosas
pés descalços
em andrajos
mas a memória? - Clara -
Outros tempos
ditadura explícita
queimava a pele
hoje disfarçada
de cão amigo.
*Direitos Reservados*
CORTADOR DE CANA
O lobo
uiva
pra lua
o corte
da cana
golpeia o escuro
alimento
da Aurora
e os filhos
que beijam
as tetas
da vaca
cava com foice
cava
o sol
a cana
do lobo
que uiva
lobisomen
da lua
da dor
do corte
no escuro
na cana.
*Direitos Reservados*
uiva
pra lua
o corte
da cana
golpeia o escuro
alimento
da Aurora
e os filhos
que beijam
as tetas
da vaca
cava com foice
cava
o sol
a cana
do lobo
que uiva
lobisomen
da lua
da dor
do corte
no escuro
na cana.
*Direitos Reservados*
DESLIZE POÉTICO
Deixa as palavras escorregarem
como crianças
num parque,
num jardim sem vento,
distraído
aos poucos...aos poucos...
*Direitos Reservados*
como crianças
num parque,
num jardim sem vento,
distraído
aos poucos...aos poucos...
*Direitos Reservados*
ESSA É A HORA!
Neo, liberais tremeram
Neo, liberais gritaram
Neo, liberais gozam!
De que? De quem?
Do buraco do martelo
Patrões
De que?
buraco
ditador
Povo
pô
Povo
operário,
martelo,
malha
comida
raspa
dos patrões
do estado
rapa
o povo
operário
martelo
malha
o estado
oco
E nós rimos!
Neo, liberais gritam
gritam, gozam, gritam
de dor.
Essa é a hora!
* Direitos Reservados*
Neo, liberais gritaram
Neo, liberais gozam!
De que? De quem?
Do buraco do martelo
Patrões
De que?
buraco
ditador
Povo
pô
Povo
operário,
martelo,
malha
comida
raspa
dos patrões
do estado
rapa
o povo
operário
martelo
malha
o estado
oco
E nós rimos!
Neo, liberais gritam
gritam, gozam, gritam
de dor.
Essa é a hora!
* Direitos Reservados*
quarta-feira, 2 de julho de 2008
VENTO DE ÉPOCA
Nunca tive uma época
que me coubesse no coldre;
se tive?
não saquei pra atirar;
pra que os projéteis
empurrassem com o vento
as velas dos barcos
dos ditadores e usurpadores
da nossa liberdade;
para conseguir junto com o povo,
domesticar o vento,
pra podermos respirar juntos.
*Direitos Reservados*
que me coubesse no coldre;
se tive?
não saquei pra atirar;
pra que os projéteis
empurrassem com o vento
as velas dos barcos
dos ditadores e usurpadores
da nossa liberdade;
para conseguir junto com o povo,
domesticar o vento,
pra podermos respirar juntos.
*Direitos Reservados*
FÁBULA
A realidade está nos calos
das mãos,
na aurora dos dias.
Os pés acreditam em promessas,
e o vento caminha
com o tempo
derramando memórias
de um céu ignorante,
em um peixe fora d`água;
que aceitou o preço
de palavras que não salvam.
Os calos falam,
os pés andam
sobre essa maldita
e paciente fábula,
que nos afronta os dias.
Tomara a memória nos traga
uma nova aurora
guerreira.
*Direitos Reservados*
das mãos,
na aurora dos dias.
Os pés acreditam em promessas,
e o vento caminha
com o tempo
derramando memórias
de um céu ignorante,
em um peixe fora d`água;
que aceitou o preço
de palavras que não salvam.
Os calos falam,
os pés andam
sobre essa maldita
e paciente fábula,
que nos afronta os dias.
Tomara a memória nos traga
uma nova aurora
guerreira.
*Direitos Reservados*
REALIDADE POÉTICA
A mente é um porão
invadida por um furacão
de idéias,
que estabelecem relações.
O poeta na poesia
suja as folhas em branco
seus sentimentos revoltos.
O furacão impiedoso
vai derrubando as rimas
tirando a beleza do lirismo
enchendo o poeta de materialismo,
manchando todo o poema,
de vermelho vivo.
*Direitos Reservados*
invadida por um furacão
de idéias,
que estabelecem relações.
O poeta na poesia
suja as folhas em branco
seus sentimentos revoltos.
O furacão impiedoso
vai derrubando as rimas
tirando a beleza do lirismo
enchendo o poeta de materialismo,
manchando todo o poema,
de vermelho vivo.
*Direitos Reservados*
PERECÍVEIS
Nosso pensamento
nosso invento
que o tempo
vai comendo
enquanto pastamos
as conciências
como deuses inventados
levados
quando há vento.
*Direitos Reservados*
nosso invento
que o tempo
vai comendo
enquanto pastamos
as conciências
como deuses inventados
levados
quando há vento.
*Direitos Reservados*
PAIXÃO
Não há explicação para tudo
Há coisas que agem independente
da nossa vontade.
Nem no dia de olhares
que por vezes nos abraçam.
A explicação é um incômodo,
uma ferida que se abre.
Paranóia, paixão
patológica
que vaga pelas estrelas,
que conspira dia a dia;
desequilibrado sentimento,
que se estende sobre a cama
aquecendo as noites.
Pelo menos até que se cure.
*Direitos Reservados*
Há coisas que agem independente
da nossa vontade.
Nem no dia de olhares
que por vezes nos abraçam.
A explicação é um incômodo,
uma ferida que se abre.
Paranóia, paixão
patológica
que vaga pelas estrelas,
que conspira dia a dia;
desequilibrado sentimento,
que se estende sobre a cama
aquecendo as noites.
Pelo menos até que se cure.
*Direitos Reservados*
MEU MAR
Meus olhos se perdem
na imensidão desse mar
da praia que olho
e as mão e os pés
desejando transpôr
meu mar
que expresso em minhas feições
junto com um vento
suave chegando.
*Direitos Reservados*
na imensidão desse mar
da praia que olho
e as mão e os pés
desejando transpôr
meu mar
que expresso em minhas feições
junto com um vento
suave chegando.
*Direitos Reservados*
GABRIELA
Vivi minha vida de peso
vida suada batida;
apaguei a luz um dia
e amei
amor de um dia
que perfeito nos braços
deu vida
vida de peso;
o amor virou mêdo
entre o acender e apagar
de outras luzes,
só iluminou Gabriela,
acordando pra viver de novo
como nunca
Ela
com o rosto de amora
rubra iluminada.
Mesmo com o peso da vida,
que nada impeça de acordar
nossas auroras,
já que a luz não pode envelhecer;
até quando for possível,
até que a luz me leve.
(Para minha filha Gabriela)
*Direitos Reservados*
vida suada batida;
apaguei a luz um dia
e amei
amor de um dia
que perfeito nos braços
deu vida
vida de peso;
o amor virou mêdo
entre o acender e apagar
de outras luzes,
só iluminou Gabriela,
acordando pra viver de novo
como nunca
Ela
com o rosto de amora
rubra iluminada.
Mesmo com o peso da vida,
que nada impeça de acordar
nossas auroras,
já que a luz não pode envelhecer;
até quando for possível,
até que a luz me leve.
(Para minha filha Gabriela)
*Direitos Reservados*
DESTINO
Não é simples. Não
aceito as coisas como são,
esta distância infinda.
Quero mudança urgente
ou algo que de repente
me transforme.
Sei que o destino
Não me propõe algo novo,
impassível, imutável.
Dentro de mim sobrevive
a rarefeita esperança
de amor algum,
como sombra,
mesmo que parte de mim
adormecida. Acorde
ao descobrir que eu
nada sei.
Não me importo
com meu destino
tento fazer outro
maior e imensurável.
Vou fugir de mim. Que sou
hoje o que levei pro íntimo,
mesmo que venha a descobrir
que sou o próprio destino.
*Direitos Reservados*
aceito as coisas como são,
esta distância infinda.
Quero mudança urgente
ou algo que de repente
me transforme.
Sei que o destino
Não me propõe algo novo,
impassível, imutável.
Dentro de mim sobrevive
a rarefeita esperança
de amor algum,
como sombra,
mesmo que parte de mim
adormecida. Acorde
ao descobrir que eu
nada sei.
Não me importo
com meu destino
tento fazer outro
maior e imensurável.
Vou fugir de mim. Que sou
hoje o que levei pro íntimo,
mesmo que venha a descobrir
que sou o próprio destino.
*Direitos Reservados*
DESCONFIANÇA
Carrego muita confusão
na tampa da cabeça,
minha perna bamba
expõe na boca
o inconformismo:
- Tem coisa em Machu Pichu!
Eu nunca estive em Machu Pichu.
Encho o peito de ar
e cuspo o café automático
andando ofegante pela sala
espantando o gato vadio
desconfiado;
abraçado pela saudade
danada
de jogar pelada
pra me vingar.
Tá certo!
Eu não cabia na mochila
de cinco litros,
só sei que
tenho que aprender logo
a escrever passarinho.
*Direitos Reservados*
na tampa da cabeça,
minha perna bamba
expõe na boca
o inconformismo:
- Tem coisa em Machu Pichu!
Eu nunca estive em Machu Pichu.
Encho o peito de ar
e cuspo o café automático
andando ofegante pela sala
espantando o gato vadio
desconfiado;
abraçado pela saudade
danada
de jogar pelada
pra me vingar.
Tá certo!
Eu não cabia na mochila
de cinco litros,
só sei que
tenho que aprender logo
a escrever passarinho.
*Direitos Reservados*
FIM DO MUNDO
Não tenho culpas
nem pecados
ou desesperos.
Nenhum segredo,
estou farto!
Não peço bençãos
prá dormir
nem tenho verde
nas janelas.
Tudo começou na lua cheia
já não mais cantavam os sabiás
não havia mais fome
nem mêdo
nem contradições;
havia acabado o mundo.
*Direitos Reservados*
nem pecados
ou desesperos.
Nenhum segredo,
estou farto!
Não peço bençãos
prá dormir
nem tenho verde
nas janelas.
Tudo começou na lua cheia
já não mais cantavam os sabiás
não havia mais fome
nem mêdo
nem contradições;
havia acabado o mundo.
*Direitos Reservados*
CARNAVAL DE INTERESSES
Coração saltitante, surdo, tamborim
assim, nome - Dani
assim miscigenado
de pequenas possibilidades
coisa de química corporal
entre olhares fugitivos
assim, parda branca viva
coisa pulsante
pura poesia.
*Direitos Reservados*
assim, nome - Dani
assim miscigenado
de pequenas possibilidades
coisa de química corporal
entre olhares fugitivos
assim, parda branca viva
coisa pulsante
pura poesia.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 13 de junho de 2008
SENSIBILIDADE
Mesmo com o tempo fugindo
com as mesmas
ou outras palavras,
o mundo vai se repetindo,
nos matando com distrações
nas paixões de tempos
em tempos,
como chuva entoando vida
molhando corpos sem roupas
e o mundo de grandes maldades;
Nas lágrimas que te rolam
vejo sua cisma,
descontentamento e falhas
na sua impossibilidade humana,
fragilidade menina
mulher sensível
entre todos nós e nadas
sempre estarão
nossas ânsias e sinais
de algo vivo
nessa paisagem morta.
(Para a amiga Andressa Ferraresi)
*Direitos Reservados*
com as mesmas
ou outras palavras,
o mundo vai se repetindo,
nos matando com distrações
nas paixões de tempos
em tempos,
como chuva entoando vida
molhando corpos sem roupas
e o mundo de grandes maldades;
Nas lágrimas que te rolam
vejo sua cisma,
descontentamento e falhas
na sua impossibilidade humana,
fragilidade menina
mulher sensível
entre todos nós e nadas
sempre estarão
nossas ânsias e sinais
de algo vivo
nessa paisagem morta.
(Para a amiga Andressa Ferraresi)
*Direitos Reservados*
OLHAR
Você nunca viveu
no mar
pensando a terra
como memória antiga,
vejo no olhar;
Os olhos sabem de tudo,
- ou quase.
Essa massa (corpo)
que é teu desenho
procura no escuro
teus medos submersos
que acabarão por sumir
nesse mar de mistérios
escama por escama.
Começa então pelo olhar.
(Para amiga Maria Carolina Dressler)
*Direitos Reservados*
no mar
pensando a terra
como memória antiga,
vejo no olhar;
Os olhos sabem de tudo,
- ou quase.
Essa massa (corpo)
que é teu desenho
procura no escuro
teus medos submersos
que acabarão por sumir
nesse mar de mistérios
escama por escama.
Começa então pelo olhar.
(Para amiga Maria Carolina Dressler)
*Direitos Reservados*
ALIENAÇÃO
Silenciosa,
num exílio infinito
como uma escultura
de vidro;
tenho medo
que uma leve
trinca
possa me fazer
em cacos.
*Direitos Reservados*
num exílio infinito
como uma escultura
de vidro;
tenho medo
que uma leve
trinca
possa me fazer
em cacos.
*Direitos Reservados*
CRESCENDO
Presente
de
silêncio
sou
procurando
meu eu
fragmento
do todo
essência
existência
que me constitui
tímido
voraz
esquentando
corajoso
no contexto
da vida
que acredito
evolui.
(Para o amigo Ney Gomes)
*Direitos Reservados*
de
silêncio
sou
procurando
meu eu
fragmento
do todo
essência
existência
que me constitui
tímido
voraz
esquentando
corajoso
no contexto
da vida
que acredito
evolui.
(Para o amigo Ney Gomes)
*Direitos Reservados*
PROCURA
Saiba que o sentimento
de amor
não cabe em quartos
amplos,
ou campos,
nem nadam em piscinas
como os desejos;
O amor
marulha nas ondas
mas não cabe no mar,
Não entende?
nem precisa,
ouve o vento
em lamento
lento
de quem procura
o que não sabe
o que é.
(Para a amiga Sandra Santana)
*Direitos Reservados*
de amor
não cabe em quartos
amplos,
ou campos,
nem nadam em piscinas
como os desejos;
O amor
marulha nas ondas
mas não cabe no mar,
Não entende?
nem precisa,
ouve o vento
em lamento
lento
de quem procura
o que não sabe
o que é.
(Para a amiga Sandra Santana)
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 12 de junho de 2008
DO OUTRO LADO
Do outro lado
Passeiam os mortos
Andam como sombras
nas margens
Do outro lado
passeiam os vivos
Na margem oposta
sob as ávores
Do outro lado
as ávores queimam
Sob a ambição
dos marginais
Que cultivarão eunucos.
(Para o amigo Osvaldo - Dinho)
*Direitos Reservados*
Passeiam os mortos
Andam como sombras
nas margens
Do outro lado
passeiam os vivos
Na margem oposta
sob as ávores
Do outro lado
as ávores queimam
Sob a ambição
dos marginais
Que cultivarão eunucos.
(Para o amigo Osvaldo - Dinho)
*Direitos Reservados*
MEIO MACUNAÍMA
Tem dia que acordamos
culpados e sujos
com sentimentos de cobra
coral - rastejando
meio pré-históricos
qualquer coisa
com vontade de sucumbir
ao suicídio
por ser isto
essa coisa impotente
estranha aos outros animais
que não enrubescem.
Tem dia que acordamos
pensando pesado
que nem levantamos
só nos restando
estourar a bolsa dágua
como um macunaíma
pra se esborrachar na verdade.
(Para o amigo Oswaldo Pinheiro - OS )
*Direitos Reservados*
culpados e sujos
com sentimentos de cobra
coral - rastejando
meio pré-históricos
qualquer coisa
com vontade de sucumbir
ao suicídio
por ser isto
essa coisa impotente
estranha aos outros animais
que não enrubescem.
Tem dia que acordamos
pensando pesado
que nem levantamos
só nos restando
estourar a bolsa dágua
como um macunaíma
pra se esborrachar na verdade.
(Para o amigo Oswaldo Pinheiro - OS )
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 5 de junho de 2008
PERDIDO
Que alguém me ache
algum
alguém
qualquer
sem nome
pra viver
Pra viver
que venha
me ferir
Se eu puder
perdoo.
*Direitos Reservados*
algum
alguém
qualquer
sem nome
pra viver
Pra viver
que venha
me ferir
Se eu puder
perdoo.
*Direitos Reservados*
CADAUM CADAUM
Na cabeça
o mar,
no corpo
um porto,
com mar
o papo é outro,
porto é pouco
mar é mar
porto é porto
*Direitos Reservados*
o mar,
no corpo
um porto,
com mar
o papo é outro,
porto é pouco
mar é mar
porto é porto
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 4 de junho de 2008
POUCO ME BASTA
Sentado na cadeira me calo
Que todos falem aos ventos
ensurdecendo-se com suas idéias
no eco do silêncio da sala
Nem ligo
Já conheço um tanto de palavras
que me bastam
Não me canso dos olhares dela
Sentada a minha frente
Daniela, sempre
Tantos falares e opiniões
Ela imaginativa
e sentenciosa:
Eu já me acostumara
Podem eles falarem
Dela me basta o olhar.
*Direitos Reservados*
Que todos falem aos ventos
ensurdecendo-se com suas idéias
no eco do silêncio da sala
Nem ligo
Já conheço um tanto de palavras
que me bastam
Não me canso dos olhares dela
Sentada a minha frente
Daniela, sempre
Tantos falares e opiniões
Ela imaginativa
e sentenciosa:
Eu já me acostumara
Podem eles falarem
Dela me basta o olhar.
*Direitos Reservados*
segunda-feira, 2 de junho de 2008
ENTREGUE
Vou mergulhar a cabeça
em alguma tina de água
pra me esfriar de você;
eu sou como sou,
na medida do impossível
vou vivendo bem ou mal,
as minhas medidas;
Apesar da paixão
me corroer,
vou tratar como um assunto
sem valor;
Que saco!
Não consigo mais ser firme
comigo mesmo
quando se trata de você.
*Direitos Reservados*
em alguma tina de água
pra me esfriar de você;
eu sou como sou,
na medida do impossível
vou vivendo bem ou mal,
as minhas medidas;
Apesar da paixão
me corroer,
vou tratar como um assunto
sem valor;
Que saco!
Não consigo mais ser firme
comigo mesmo
quando se trata de você.
*Direitos Reservados*
ACABOU
Agora você fala comigo!
Vamos ao teatro?
É tarde!
o pedido;
eu escuto por respeito
é tarde!
Tempo perdido
Você não ouviu?
Nos olhos de amor?
Que acabou;
Não estou a fim
de ir ao teatro.
*Direitos Reservados*
Vamos ao teatro?
É tarde!
o pedido;
eu escuto por respeito
é tarde!
Tempo perdido
Você não ouviu?
Nos olhos de amor?
Que acabou;
Não estou a fim
de ir ao teatro.
*Direitos Reservados*
NÃO HÁ TEMPO
Não me olhe
fraco
fracassado,
pois até mesmo
este caco
pode te ferir
de fato o coração,
pra te atormentar.
Corre
pede tempo
pro tempo
pensa
avança
luta
Sua teus atos
procura ser forte
abandona os pré-conceitos
e viva a vida
olhe
corre
luta
aproveite;
a vida é assim,
e não há muito tempo.
* Direitos Reservados*
fraco
fracassado,
pois até mesmo
este caco
pode te ferir
de fato o coração,
pra te atormentar.
Corre
pede tempo
pro tempo
pensa
avança
luta
Sua teus atos
procura ser forte
abandona os pré-conceitos
e viva a vida
olhe
corre
luta
aproveite;
a vida é assim,
e não há muito tempo.
* Direitos Reservados*
MASSAGEANDO SONHOS
Com a ponta dos dedos
espremo tuas carnes,
e sinto voce murchando
entregue;
sugo todo teu leite
até a última gota;
e sinto ele descer
pelo meu corpo;
mulher tenra
da cabeça aos pés,
toda nua
única.
Não te vejo em partes
te vejo toda
inteira eu tenho;
Desdobro então tua roupa
em pedaços
tirada com todo cuidado
e penso:
como foram bons os momentos;
mas que pena
que não aproveito;
são só pensamentos.
* Direitos Reservados *
espremo tuas carnes,
e sinto voce murchando
entregue;
sugo todo teu leite
até a última gota;
e sinto ele descer
pelo meu corpo;
mulher tenra
da cabeça aos pés,
toda nua
única.
Não te vejo em partes
te vejo toda
inteira eu tenho;
Desdobro então tua roupa
em pedaços
tirada com todo cuidado
e penso:
como foram bons os momentos;
mas que pena
que não aproveito;
são só pensamentos.
* Direitos Reservados *
RECORDAÇÕES
Não sei quem serei
Quem sou?
Não sei o que verei
O que vejo?
E depois?
Meu dilema
São meus problemas;
tento no presente
buscar um futuro;
vou sentar no balanço
e recordar o passado;
Oh! Daniela
que me deixa abstrato,
porque vens me encontrar
nesse poema?
Pra que?
Amanhã não serei
Amanhã não verei
nem passado
nem o futuro
que me espera;
viverei
meus problemas
abstratos
balançando
bebericando
numa choupana
que me aguarda,
lembrando balanço
e você?
* Direitos Reservados*
Quem sou?
Não sei o que verei
O que vejo?
E depois?
Meu dilema
São meus problemas;
tento no presente
buscar um futuro;
vou sentar no balanço
e recordar o passado;
Oh! Daniela
que me deixa abstrato,
porque vens me encontrar
nesse poema?
Pra que?
Amanhã não serei
Amanhã não verei
nem passado
nem o futuro
que me espera;
viverei
meus problemas
abstratos
balançando
bebericando
numa choupana
que me aguarda,
lembrando balanço
e você?
* Direitos Reservados*
terça-feira, 27 de maio de 2008
ALGUÉM MORREU
Sabem quem morreu?
O Rafael;
na porta de casa
com tiros no peito;
por ser Mauá,
por ser humano;
morreu ele,
podia ser nós.
Eu mesmo não sei quem é!
Nunca levei seu beijo pra casa;
sei que sumiram com sua beleza;
assim...
um tiro resolveu a questão,
devia ser negro de noite,
a noite é negra,
tudo é negro
a noite;
anoitecidos por dentro,
quem nos clareia
é um tiro;
de quando em quando;
pra nos alertar
que um pouco de luz existe.
*Direitos Reservados*
O Rafael;
na porta de casa
com tiros no peito;
por ser Mauá,
por ser humano;
morreu ele,
podia ser nós.
Eu mesmo não sei quem é!
Nunca levei seu beijo pra casa;
sei que sumiram com sua beleza;
assim...
um tiro resolveu a questão,
devia ser negro de noite,
a noite é negra,
tudo é negro
a noite;
anoitecidos por dentro,
quem nos clareia
é um tiro;
de quando em quando;
pra nos alertar
que um pouco de luz existe.
*Direitos Reservados*
MULATO ANDARILHO
Morava numa casa de esquina,
mas queria estar em toda parte;
gritar como o vento,
gritar como o mar;
sair pro mundo sentir a vida;
como Deus,
de vila em vila;
o teto era o céu,
o chão seu abrigo,
sobre as costas,
uma mochila cheia de nuvens
mal passadas;
a alegria era um butiquim
de vozes e gargalhadas,
embebidas em garrafa de cana;
alimentado de podridão,
doido, doente,esquecido;
junto a noite cúmplice,
o mêdo,
do furor branco imposto
sobre seu corpo andarilho;
havia outro fato
que a morte velava;
era mulato.
*Direitos Reservados*
mas queria estar em toda parte;
gritar como o vento,
gritar como o mar;
sair pro mundo sentir a vida;
como Deus,
de vila em vila;
o teto era o céu,
o chão seu abrigo,
sobre as costas,
uma mochila cheia de nuvens
mal passadas;
a alegria era um butiquim
de vozes e gargalhadas,
embebidas em garrafa de cana;
alimentado de podridão,
doido, doente,esquecido;
junto a noite cúmplice,
o mêdo,
do furor branco imposto
sobre seu corpo andarilho;
havia outro fato
que a morte velava;
era mulato.
*Direitos Reservados*
HORAS MORTAS
Após as mãos calejadas,
os pés doloridos
do trabalho;
o sono enfim;
e no sonho que dorme,
marca gols
sob a poeira de estrelas;
de repente uivam os chacais
acordando o dia;
de volta ao cativeiro
a alentar uma esperança;
de mudar os andrajos,
de acabar com a fome;
e assim vão morrendo os dias;
ficam pra trás as horas mortas,
pra novamente;
dormir enfim;
pra sonhar em fazer gols.
* Direitos Reservados*
os pés doloridos
do trabalho;
o sono enfim;
e no sonho que dorme,
marca gols
sob a poeira de estrelas;
de repente uivam os chacais
acordando o dia;
de volta ao cativeiro
a alentar uma esperança;
de mudar os andrajos,
de acabar com a fome;
e assim vão morrendo os dias;
ficam pra trás as horas mortas,
pra novamente;
dormir enfim;
pra sonhar em fazer gols.
* Direitos Reservados*
segunda-feira, 12 de maio de 2008
DESTINO
Pela fofoca das cigarras;
era verão;
minha roupa
verão;
minhas mangas
maduras,
deitavam no cobertor,
verde
cheirando a rosas;
sobre minha cabeça
sabiás cantavam
seu nome,
preenchendo o silêncio
do fim de tarde;
ao grito de maritacas;
o curioso...
é que você nem ainda existia.
*Direitos Reservados*
era verão;
minha roupa
verão;
minhas mangas
maduras,
deitavam no cobertor,
verde
cheirando a rosas;
sobre minha cabeça
sabiás cantavam
seu nome,
preenchendo o silêncio
do fim de tarde;
ao grito de maritacas;
o curioso...
é que você nem ainda existia.
*Direitos Reservados*
FLERTE
Havia na sala
uma cena
e na cena
uma atriz
na atriz - um olhar
na cadeira calado
eu
um olhar de soslaio
nos cruzou
e nos viu
e sorriu
Hoje não sei;
Se sou eu;
seu olhar;
Tenho uma certeza;
você ou seus personagens,
não precisam mais
me atormentar o sono;
nem precisam mais me amar...
*Direitos Reservados*
uma cena
e na cena
uma atriz
na atriz - um olhar
na cadeira calado
eu
um olhar de soslaio
nos cruzou
e nos viu
e sorriu
Hoje não sei;
Se sou eu;
seu olhar;
Tenho uma certeza;
você ou seus personagens,
não precisam mais
me atormentar o sono;
nem precisam mais me amar...
*Direitos Reservados*
sábado, 10 de maio de 2008
POBREZA
O que é que eu tenho?
algumas batidas do coração,
a rua pra andar,
pedrinhas pra chutar,
um pouco de sol,
um tiquinho de chuva
um frio pra rachar.
Se você não aparecer
vou continuar sózinho,
talvez pular de um viaduto
Só pra ver meu corpo se quebrar.
* Direitos Reservados*
algumas batidas do coração,
a rua pra andar,
pedrinhas pra chutar,
um pouco de sol,
um tiquinho de chuva
um frio pra rachar.
Se você não aparecer
vou continuar sózinho,
talvez pular de um viaduto
Só pra ver meu corpo se quebrar.
* Direitos Reservados*
ÉRAMOS CINCO
Não haviam estrelas
no céu cinzento
de muito frio,
Um único som
soava a meus ouvidos
- O trem.
Uma única coisa
me chamava atenção;
- Seu olhar.
Algo me incomodava
um mistério insolúvel;
- Seu silêncio.
Èramos cinco,
cúmplices daquele momento;
eu, o trem, seu olhar,
seu silêncio e você.
*Direitos Reservados*
no céu cinzento
de muito frio,
Um único som
soava a meus ouvidos
- O trem.
Uma única coisa
me chamava atenção;
- Seu olhar.
Algo me incomodava
um mistério insolúvel;
- Seu silêncio.
Èramos cinco,
cúmplices daquele momento;
eu, o trem, seu olhar,
seu silêncio e você.
*Direitos Reservados*
BABAQUICES
Hoje quero seu sorriso,
um copo de cerveja,
ver você de meias coloridas
e tôca na cabeça;
que se dane o frio;,
na pouca luz dos meus murmúrios,
esse corpo esguio
eu esquento,
os cabelos sedosos
me tomam o tempo,
porque hoje
mesmo proibido
me sinto um comercial de cigarro.
* Direitos Reservados*
um copo de cerveja,
ver você de meias coloridas
e tôca na cabeça;
que se dane o frio;,
na pouca luz dos meus murmúrios,
esse corpo esguio
eu esquento,
os cabelos sedosos
me tomam o tempo,
porque hoje
mesmo proibido
me sinto um comercial de cigarro.
* Direitos Reservados*
terça-feira, 15 de abril de 2008
JOÃO NINGUÉM
Nasci sem nome
lindinho
bochechudo
sem nome
quis ser Antonio,
Manuel, Joaquim
um bom português,
adolescente coca -cola;
de José fugia,
Maria comia,
apaixonado
ser Francisco
na faculdade,
pobre
me tornei,
Jesus
pedreiro penseiro
morri
João Ninguém.
*Direitos Reservados*
lindinho
bochechudo
sem nome
quis ser Antonio,
Manuel, Joaquim
um bom português,
adolescente coca -cola;
de José fugia,
Maria comia,
apaixonado
ser Francisco
na faculdade,
pobre
me tornei,
Jesus
pedreiro penseiro
morri
João Ninguém.
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 10 de abril de 2008
PEDRA
Diante do risco
não te dou nome
ao me abrir pra dentro;
encontro um labirinto
de pedra
aberta em gruta;
mucosa como um corpo
que procuro entrar;
não te dou nome
corro o risco,
me arrisco
dessas palavras pássaras
não chegarem aos teus ouvidos;
e como pedra
se fechar em si mesmo
em silêncio
cotidiana;
só gravando meu nome
em tua carne,
pedra
do meu caminho
corro o risco
de você emitir um gemido.
*Direitos Reservados*
não te dou nome
ao me abrir pra dentro;
encontro um labirinto
de pedra
aberta em gruta;
mucosa como um corpo
que procuro entrar;
não te dou nome
corro o risco,
me arrisco
dessas palavras pássaras
não chegarem aos teus ouvidos;
e como pedra
se fechar em si mesmo
em silêncio
cotidiana;
só gravando meu nome
em tua carne,
pedra
do meu caminho
corro o risco
de você emitir um gemido.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 9 de abril de 2008
INSPIRAÇÃO
Me esbarrou por acaso
e nunca notou minha existência;
nem quando morreu na janela da sala,
uma mosca sózinha;
era noite de sol posto,
e lágrimas me rolaram pelo rosto,
ela não viu,
a mosca morta,
nem o luto nos meus olhos,
quando a noite ficou mais cinza,
ela não viu que eu via,
seu corpo longo e lento,
há andar pela sala
As minhas olheiras exiladas,
se prendiam entre as pálpebras,
e meu coração marcava,
cada passo seu no peito,
movia meu pensamento,
lhe emprestava o movimento,
andando fumegante
com meu cheiro de café,
em sua caneca vermelha,
nada disso ela via,
o olhar que pedia,
nada ouvia do batuque,
que fazia a cotovia,
no peito do poeta só.
*Direitos Reservados*
e nunca notou minha existência;
nem quando morreu na janela da sala,
uma mosca sózinha;
era noite de sol posto,
e lágrimas me rolaram pelo rosto,
ela não viu,
a mosca morta,
nem o luto nos meus olhos,
quando a noite ficou mais cinza,
ela não viu que eu via,
seu corpo longo e lento,
há andar pela sala
As minhas olheiras exiladas,
se prendiam entre as pálpebras,
e meu coração marcava,
cada passo seu no peito,
movia meu pensamento,
lhe emprestava o movimento,
andando fumegante
com meu cheiro de café,
em sua caneca vermelha,
nada disso ela via,
o olhar que pedia,
nada ouvia do batuque,
que fazia a cotovia,
no peito do poeta só.
*Direitos Reservados*
PÔR DOS OLHOS
Não consigo dormir
furo com o dedo a terra
e vejo o outro lado do mundo
que trabalha;
ascendo um cigarro
me ascende uma estrela,
minha água de cana
reflete a lua,
e a noite ameaça chorar
Porque estou caramujo?
Se vou morrer no jardim?
Meu cigarro apagou
no canto da boca,
passando o passado;
vou cochilar agora,
deixar minha vara fincada,
e no anzol como isca
ficam meus sonhos,
tomara eu consiga pescar,
meu amanhã e um dia de sol.
*Direitos Reservados*
furo com o dedo a terra
e vejo o outro lado do mundo
que trabalha;
ascendo um cigarro
me ascende uma estrela,
minha água de cana
reflete a lua,
e a noite ameaça chorar
Porque estou caramujo?
Se vou morrer no jardim?
Meu cigarro apagou
no canto da boca,
passando o passado;
vou cochilar agora,
deixar minha vara fincada,
e no anzol como isca
ficam meus sonhos,
tomara eu consiga pescar,
meu amanhã e um dia de sol.
*Direitos Reservados*
PENSA COMO EU PENSO
Ar de viúva
é chuva
Andar lento
é vento
Ter segredo
é mêdo
Nariz arrebitado
é treva
Todo remédio
é tédio
Toda criatividade
é bela
A provocação
é fera
Mulher
é menina
Se vê dor
é choro
Se vê amor
foge
Sua noite
é vitrola
Teu silencio
incomoda
é benvindo.
Pensa em você
como eu penso.
*Direitos Reservados*
é chuva
Andar lento
é vento
Ter segredo
é mêdo
Nariz arrebitado
é treva
Todo remédio
é tédio
Toda criatividade
é bela
A provocação
é fera
Mulher
é menina
Se vê dor
é choro
Se vê amor
foge
Sua noite
é vitrola
Teu silencio
incomoda
é benvindo.
Pensa em você
como eu penso.
*Direitos Reservados*
MINHAS VERDADES
Estou velho
Não sou feio,
não sou belo
aos meus olhos;
sou bom como um cão,
impuro como a lama,
mas meu peito é moço e lateja,
são as verdades que carrego,
por essas ruas que me devoram,
onde as luminárias espalham
meus segredos,
ajudadas pelo vento,
que arrepia a mim e a pele
dos telhados silenciosos,
que te abrigam,
atrás das janelas,
fechadas para o mundo;
imprevista e delicada.
Diante do espelho,
minha nítida certeza;
quando eu te alcançar,
talvez não esteja vivo?
*Direitos Reservados*
Não sou feio,
não sou belo
aos meus olhos;
sou bom como um cão,
impuro como a lama,
mas meu peito é moço e lateja,
são as verdades que carrego,
por essas ruas que me devoram,
onde as luminárias espalham
meus segredos,
ajudadas pelo vento,
que arrepia a mim e a pele
dos telhados silenciosos,
que te abrigam,
atrás das janelas,
fechadas para o mundo;
imprevista e delicada.
Diante do espelho,
minha nítida certeza;
quando eu te alcançar,
talvez não esteja vivo?
*Direitos Reservados*
AMOR É ISSO?
Amo você!
Muito além
de um olhar
de garfo e faca.
Não vou me apagar em gentilezas
pra só me fazer ver
charmoso aos teus olhos.
Amo você!
Não suportaria
vê-la na cozinha
pra cozinhar sonhos
que não são teus;
Tudo porque te amo.
Aceito que mijes coca-cola
até que saia no New York Times
porque amar é isso;
deixar que faça
o que bem entende com sua liberdade
Meu desejo é ter sempre
a sensação de poder
me esconder em seus braços.
*Direitos Reservados*
Muito além
de um olhar
de garfo e faca.
Não vou me apagar em gentilezas
pra só me fazer ver
charmoso aos teus olhos.
Amo você!
Não suportaria
vê-la na cozinha
pra cozinhar sonhos
que não são teus;
Tudo porque te amo.
Aceito que mijes coca-cola
até que saia no New York Times
porque amar é isso;
deixar que faça
o que bem entende com sua liberdade
Meu desejo é ter sempre
a sensação de poder
me esconder em seus braços.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 8 de abril de 2008
CONSTRUÇÃO
Sei que não adoço e não tempero
se falo não volto atrás,
desacato Deus e o diabo;
mas nunca esqueço do que disse:
Seu amor? Você constrói.
Agora levanto sorridente,
se o mundo está cinzento?
coloco os óculos...
ou transformo ele.
Patético dialético
vou conquistando você,
e talvez não perceba,
vou observando suas intimidades,
e mesmo como um hippie num chip,
sonho em lamber nossos beiços,
estou construindo...estou construindo,
meu amor com você.
*Direitos Reservados*
se falo não volto atrás,
desacato Deus e o diabo;
mas nunca esqueço do que disse:
Seu amor? Você constrói.
Agora levanto sorridente,
se o mundo está cinzento?
coloco os óculos...
ou transformo ele.
Patético dialético
vou conquistando você,
e talvez não perceba,
vou observando suas intimidades,
e mesmo como um hippie num chip,
sonho em lamber nossos beiços,
estou construindo...estou construindo,
meu amor com você.
*Direitos Reservados*
BODAS DE BANALIDADES
Matamos por vingança,
eletrocutamos nossos inimigos;
eu aspirando gás de cozinha,
enquanto você sorria
engraçada
enquanto apanhava;
engravidada.
Um filho pra torturarmos;
Quando?
Quando nada tivermos pra fazer
de melhor.
Eu te cuspia Amélia,
escarrava,
em nossas conversas macarronadas,
com amor...com muito amor,
vomitado.
Hoje serenamos
apagando as velas
em nossa bodas de prata.
*Direitos Reservados*
eletrocutamos nossos inimigos;
eu aspirando gás de cozinha,
enquanto você sorria
engraçada
enquanto apanhava;
engravidada.
Um filho pra torturarmos;
Quando?
Quando nada tivermos pra fazer
de melhor.
Eu te cuspia Amélia,
escarrava,
em nossas conversas macarronadas,
com amor...com muito amor,
vomitado.
Hoje serenamos
apagando as velas
em nossa bodas de prata.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 2 de abril de 2008
ANDRÓGENO
Não zomba das minhas horas
se não vai me sorrir auroras
nem me olhe de soslaio; etérea
Só quando puder me olhar na terra
plantado planta no chão
como homem e mulher
argila, crosta infecunda
aperte então minhas ventas
se encharque como uma fêmea
que juntos podemos sorver
cada gemido implícito
explícitos como as mulheres.
*Direitos Reservados*
se não vai me sorrir auroras
nem me olhe de soslaio; etérea
Só quando puder me olhar na terra
plantado planta no chão
como homem e mulher
argila, crosta infecunda
aperte então minhas ventas
se encharque como uma fêmea
que juntos podemos sorver
cada gemido implícito
explícitos como as mulheres.
*Direitos Reservados*
CORRE - CORRE
Geração Fast-food
que corre
como um maratonista
ligeiro
suado de óleo
de batata frita
cerveja
refri
e desejos
muitos desejos
Porque as mulheres correm também
Eles olham
passar correndo
Elas olham
passar correndo
os sorrisos trocados
os lençois encharcados
e sóis... e noites
correndo
sumindo
suando
sedentos
os dias se vão
e os sonhos
se acomodam em algo
sem lugar no espaço
só interessa o cometa
voando por entre as estrelas.
*Direitos Reservados*
que corre
como um maratonista
ligeiro
suado de óleo
de batata frita
cerveja
refri
e desejos
muitos desejos
Porque as mulheres correm também
Eles olham
passar correndo
Elas olham
passar correndo
os sorrisos trocados
os lençois encharcados
e sóis... e noites
correndo
sumindo
suando
sedentos
os dias se vão
e os sonhos
se acomodam em algo
sem lugar no espaço
só interessa o cometa
voando por entre as estrelas.
*Direitos Reservados*
BOTO CÔR DE ROSA
Me deito no rio
com um corpo rosa
movendo
peixe tenso
no ar
meu corpo de terra
se molha
ao toque do boto
bicudo abusado
eu grito meu grito
morrendo
feliz de saudade
P/ Andressa Ferrarezi
* Direitos Reservados *
com um corpo rosa
movendo
peixe tenso
no ar
meu corpo de terra
se molha
ao toque do boto
bicudo abusado
eu grito meu grito
morrendo
feliz de saudade
P/ Andressa Ferrarezi
* Direitos Reservados *
CONCILIAÇÃO
Nunca me diga
-É lua cheia! Vai embora!
Diante da constatação
de que não tenho um cavalo branco
e nem sou teu salvador;
Me grita:
-É lua nova!
Engulo o meu orgulho
me dispo da vaidade
e volto a aquecer o teu corpo.
* Direitos Reservados *
-É lua cheia! Vai embora!
Diante da constatação
de que não tenho um cavalo branco
e nem sou teu salvador;
Me grita:
-É lua nova!
Engulo o meu orgulho
me dispo da vaidade
e volto a aquecer o teu corpo.
* Direitos Reservados *
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
AMOR PRÓPRIO
Sem melado, sem verso,
sem prosa, sem alucinação;
me amo;
não só isso; além disso;
eu amo também.
Me amar não é desamar;
desconfio de quem não se ama;
Se amar não é estar em primeiro;
é saber na sutileza;
situar-se em segundo;
em seu amor próprio.
* Direitos Reservados*
sem prosa, sem alucinação;
me amo;
não só isso; além disso;
eu amo também.
Me amar não é desamar;
desconfio de quem não se ama;
Se amar não é estar em primeiro;
é saber na sutileza;
situar-se em segundo;
em seu amor próprio.
* Direitos Reservados*
CRESCENDO ENTRE LÍRIOS
As vezes me vejo Casmurro,
menos feliz que Quixote;
porque não enfrento fantasmas,
nem moinho de ventos;
nem levanto fuzis contra a noite,
como um guerreiro Araguaia;
cada qual com suas guerras;
cada qual com seus mistérios,
mergulhados em suas sombras;
depois de cada momento sem luta;
durmo como um sol manso,
em um horizonte de mar,
certo que estou crescendo;
em meio há um plantio de lírios.
* Direitos Reservados*
menos feliz que Quixote;
porque não enfrento fantasmas,
nem moinho de ventos;
nem levanto fuzis contra a noite,
como um guerreiro Araguaia;
cada qual com suas guerras;
cada qual com seus mistérios,
mergulhados em suas sombras;
depois de cada momento sem luta;
durmo como um sol manso,
em um horizonte de mar,
certo que estou crescendo;
em meio há um plantio de lírios.
* Direitos Reservados*
ÊXTASE
Me cobre com tuas tranças;
deixa cair a cabeça,
sobre esse peito que dança;
escuta o som da loucura,
cantando os meus pecados
pra esse seu corpo deitado,
com suas mão prisioneiras,
agarradas as minhas trementes;
vou te açoitando o gemer,
fazendo suar os seus poros;
cúmplices num mesmo ritmo,
como onda que ondula,
viva e bravia;
gozamos espumas nas pedras;
melando tudo de amor;
caindo em profundo sono,
na noite que,
silência.
* Direitos Reservados*
deixa cair a cabeça,
sobre esse peito que dança;
escuta o som da loucura,
cantando os meus pecados
pra esse seu corpo deitado,
com suas mão prisioneiras,
agarradas as minhas trementes;
vou te açoitando o gemer,
fazendo suar os seus poros;
cúmplices num mesmo ritmo,
como onda que ondula,
viva e bravia;
gozamos espumas nas pedras;
melando tudo de amor;
caindo em profundo sono,
na noite que,
silência.
* Direitos Reservados*
PRESTA ATENÇÃO
Se uma leve borboleta,
empurrada por uma carinhosa brisa,
passasse diante de teus olhos;
e voasse, a se perder pelos campos;
como encontrá-la, na imensidão verde;
entre as flores que te cercassem,
e pousassem na tua solidão?
O amor se perde assim,
como o bater das asas,
desaparecendo pelo ar;
te gripando de orvalhos;
e você nem percebeu.
*Direitos Reservados*
empurrada por uma carinhosa brisa,
passasse diante de teus olhos;
e voasse, a se perder pelos campos;
como encontrá-la, na imensidão verde;
entre as flores que te cercassem,
e pousassem na tua solidão?
O amor se perde assim,
como o bater das asas,
desaparecendo pelo ar;
te gripando de orvalhos;
e você nem percebeu.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
VIGILANTES
As pombas vigiam a cidade
de cima dos postes de luz;
os bêbados infectam as ruas,
e as praças escondem bandidos;
onde missionários se encontram,
com aqueles que pensam com a boca,
cheia de dinheiro e pão;
a cidade anda com pressa,
com imagens que unem e magoam
maratonistas gripados;
e as pombas esperam as migalhas
vigiando nossos amanhãs;
em meio as bestas
que ainda ousam existir;
sem lamentos e sem culpas.
*Direitos Reservados*
de cima dos postes de luz;
os bêbados infectam as ruas,
e as praças escondem bandidos;
onde missionários se encontram,
com aqueles que pensam com a boca,
cheia de dinheiro e pão;
a cidade anda com pressa,
com imagens que unem e magoam
maratonistas gripados;
e as pombas esperam as migalhas
vigiando nossos amanhãs;
em meio as bestas
que ainda ousam existir;
sem lamentos e sem culpas.
*Direitos Reservados*
MANIAS
Decapitar margaridas,
botar cabresto em formigas,
chutar bunda de moscas,
gritar com o piano burguês,
arrulhar no meio de vacas,
amar sapo sentado
como um burro atrelado;
é uma mania sem graça
que mostra estar vivo;
mesmo sendo tão cotidiano;
tão igual aos meus pares.
*Direitos Reservados*
botar cabresto em formigas,
chutar bunda de moscas,
gritar com o piano burguês,
arrulhar no meio de vacas,
amar sapo sentado
como um burro atrelado;
é uma mania sem graça
que mostra estar vivo;
mesmo sendo tão cotidiano;
tão igual aos meus pares.
*Direitos Reservados*
CULPA DO TEMPO
Como um gato no telhado
espiando,
descanso os olhos em um lago,
com margens de margaridas;
enquanto lá na cozinha,
panelas borbulham seu cheiro,
pra minha felicidade.
Pra minha felicidade?
Por quanto tempo?
Um? Dois? Dez minutos?
É culpa do tempo,
por minhas felicidades perdidas;
ou por aquelas que acho que tenho.
*Direitos Reservados*
espiando,
descanso os olhos em um lago,
com margens de margaridas;
enquanto lá na cozinha,
panelas borbulham seu cheiro,
pra minha felicidade.
Pra minha felicidade?
Por quanto tempo?
Um? Dois? Dez minutos?
É culpa do tempo,
por minhas felicidades perdidas;
ou por aquelas que acho que tenho.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
SONHOS
Há coisas que parecem
que são;
Coisas que poderiam ser,
mas não;
há um abismo,
uma sombra que toma,
que embaça a lua;
e o vasto querer;
sugando os sonhos
como morcegos na noite;
de olhos grandes;
boca grande orvalhada;
e a querença,
vira uma cobra cruel
que nos habita,
nos cobrindo de máscaras.
Um dia um destino;
quem sabe?
Talvez um poente,
melhor dormir e sonhar.
(Poema pra Jhaíra)
*Direitos Reservados*
que são;
Coisas que poderiam ser,
mas não;
há um abismo,
uma sombra que toma,
que embaça a lua;
e o vasto querer;
sugando os sonhos
como morcegos na noite;
de olhos grandes;
boca grande orvalhada;
e a querença,
vira uma cobra cruel
que nos habita,
nos cobrindo de máscaras.
Um dia um destino;
quem sabe?
Talvez um poente,
melhor dormir e sonhar.
(Poema pra Jhaíra)
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
VERSANDO PRA CAROLINA
Não jogo conversas,
e nem versos fora;
mas confesso;
a vontade de lhe versar algo
foi maior que mim mesmo,
mesmo que seja só pra brigar,
vou começar versejar,
mesmo que seja besteiras.
Essas sardas de onça,
esse olhar obsceno,
nesse corpo esbelto pequeno,
me fazem sonhar...
que haverá um dia,
que ao ler esses versos,
dormirei coberto de estrelas
com seu corpo ao meu lado,
desatando nós da lua,
fazendo emendas com nuvens,
interpretando nós dois.
(P/ CAROLINA do POUPATEMPO)
* Direitos Reservados*
e nem versos fora;
mas confesso;
a vontade de lhe versar algo
foi maior que mim mesmo,
mesmo que seja só pra brigar,
vou começar versejar,
mesmo que seja besteiras.
Essas sardas de onça,
esse olhar obsceno,
nesse corpo esbelto pequeno,
me fazem sonhar...
que haverá um dia,
que ao ler esses versos,
dormirei coberto de estrelas
com seu corpo ao meu lado,
desatando nós da lua,
fazendo emendas com nuvens,
interpretando nós dois.
(P/ CAROLINA do POUPATEMPO)
* Direitos Reservados*
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
ÓCIO DE MORTE
Meu nada está aumentando
porque sou culpado de mim,
se continuar fazendo tanto esforço
pra levantar tanto vento,
vou construir meu caixão
e morrer encostando em uma pedra,
com meu silêncio encorpando
em um completo vazio.
*Direitos Reservados*
porque sou culpado de mim,
se continuar fazendo tanto esforço
pra levantar tanto vento,
vou construir meu caixão
e morrer encostando em uma pedra,
com meu silêncio encorpando
em um completo vazio.
*Direitos Reservados*
NASCIMENTO DA COISA
Uma estrela botou um ovo,
de noite
diante de um vagalume apagado;
no corpo de uma ostra
ao som do canto dos peixes,
e do casulo do ovo,
nasceu um jabuti beato
repleto de nadadeiras;
pra vagar no universo,
de tarde
pra inverter os ocasos.
*Direitos Reservados*
de noite
diante de um vagalume apagado;
no corpo de uma ostra
ao som do canto dos peixes,
e do casulo do ovo,
nasceu um jabuti beato
repleto de nadadeiras;
pra vagar no universo,
de tarde
pra inverter os ocasos.
*Direitos Reservados*
LEMBRANÇAS TRISTES
Quando eu amanheci ontem,
na minha posição de múmia,
estava bem animado
desenterrando as memórias;
me despi para o dia
consciente que meus pedaços
não voltariam;
só bateu uma saudade
de quando ela pegava na faca
pra rasgar horizontes;
agora come papel,
nos circos que morrem cardíacos,
dizendo que as coisas que existem
ainda continuam feias;
e que vai ficar bem pior.
*Direitos Reservados*
na minha posição de múmia,
estava bem animado
desenterrando as memórias;
me despi para o dia
consciente que meus pedaços
não voltariam;
só bateu uma saudade
de quando ela pegava na faca
pra rasgar horizontes;
agora come papel,
nos circos que morrem cardíacos,
dizendo que as coisas que existem
ainda continuam feias;
e que vai ficar bem pior.
*Direitos Reservados*
SAINDO DA ALIENAÇÃO
Um mosquito de meias 3/4
buzinou no meu ouvido,
que ovelhas mijaram em mim;
ovelhas do Senhor;
porisso vivo apalpando meu ego
pra ver eu gozar em mim mesmo;
respeito as oralidades dele,
porque sei que o céu
tem mais insetos que eu;
confesso que sou uma besta
nessa minha liberdade algemada;
mais minha voz um dia,
ainda vai fazer nascimentos.
*Direitos Reservados*
buzinou no meu ouvido,
que ovelhas mijaram em mim;
ovelhas do Senhor;
porisso vivo apalpando meu ego
pra ver eu gozar em mim mesmo;
respeito as oralidades dele,
porque sei que o céu
tem mais insetos que eu;
confesso que sou uma besta
nessa minha liberdade algemada;
mais minha voz um dia,
ainda vai fazer nascimentos.
*Direitos Reservados*
BORBOLETA MARIA
Num galho de pau seco
vi uma borboleta abraçada,
com uma moldura de azul nas asas;
tinha cheiro de manhã e alecrim;
há tempos eu escutava,
esta linda paisagem,
tentando me incluir nela;
a voz dela emitiu um sussurro
e tudo amanheceu em mim;
sem eu perceber
comecei a me alimentar de ventos,
um perfume lilás me pensou;
e eu... voei com Maria.
( P/ MARIA CAROLINA DRESSLER)
*Direitos Reservados*
vi uma borboleta abraçada,
com uma moldura de azul nas asas;
tinha cheiro de manhã e alecrim;
há tempos eu escutava,
esta linda paisagem,
tentando me incluir nela;
a voz dela emitiu um sussurro
e tudo amanheceu em mim;
sem eu perceber
comecei a me alimentar de ventos,
um perfume lilás me pensou;
e eu... voei com Maria.
( P/ MARIA CAROLINA DRESSLER)
*Direitos Reservados*
VERBOS FORA DE LUGAR
Vou beijando as letras
enquanto a pontuação me olha,
desmundando o mundo,
remendando o mundo
nas rimas,
resmungando versos
pra espantar fantasmas
por onde a cabeça pisa,
e os pensamentos caminham.
*Direitos Reservados*
enquanto a pontuação me olha,
desmundando o mundo,
remendando o mundo
nas rimas,
resmungando versos
pra espantar fantasmas
por onde a cabeça pisa,
e os pensamentos caminham.
*Direitos Reservados*
VENTO
Vim não sei de onde
cheguei onde não sei
girando como um moinho
fazendo não sei o que
saltitante solto sendo
vento ventando a vida.
*Direitos Reservados*
cheguei onde não sei
girando como um moinho
fazendo não sei o que
saltitante solto sendo
vento ventando a vida.
*Direitos Reservados*
CHEIRO DE PEIXE
Deus não pode me atender hoje,
não paguei a consulta;
só queria dizer pra ele,
que crianças de olhos azuis
são mais fáceis de vender,
do que aquelas que não tem pernas;
Di Cavalcanti e Van Gogh
subiram de preço nas bolsas;
e que há um cheiro de peixe
nesse mundão de meu Deus.
*Direitos Reservados*
não paguei a consulta;
só queria dizer pra ele,
que crianças de olhos azuis
são mais fáceis de vender,
do que aquelas que não tem pernas;
Di Cavalcanti e Van Gogh
subiram de preço nas bolsas;
e que há um cheiro de peixe
nesse mundão de meu Deus.
*Direitos Reservados*
ORAÇÃO
sono - lento
simples - mente
gira - mundo
sangue - suga
assa - sino
assim - seja
amém.
*Direitos Reservados*
simples - mente
gira - mundo
sangue - suga
assa - sino
assim - seja
amém.
*Direitos Reservados*
ORQUÍDEA
Nunca tive uma orquídea de bruços
indo e vindo como a maré,
escorrendo espumas nas coxas;
vou esconder meus segredos
já que não desfolharei suas pétalas
e nem te tocarei por dentro;
já tenho a nudez que queria,
junto do meu pensamento.
*Direitos Reservados*
indo e vindo como a maré,
escorrendo espumas nas coxas;
vou esconder meus segredos
já que não desfolharei suas pétalas
e nem te tocarei por dentro;
já tenho a nudez que queria,
junto do meu pensamento.
*Direitos Reservados*
IMAGINAÇÃO
Rolei nu pela cama
esperando voce voltar,
nu eu me masturbava,
nu me molhava e secava,
e voce nada de vir,
bebi meus sonhos contigo,
nos quatro cantos da casa,
amando teu púbis negro,
teus seios cheios de curvas,
gozando na madrugada
tudo que imaginava.
*Direitos Reservados*
esperando voce voltar,
nu eu me masturbava,
nu me molhava e secava,
e voce nada de vir,
bebi meus sonhos contigo,
nos quatro cantos da casa,
amando teu púbis negro,
teus seios cheios de curvas,
gozando na madrugada
tudo que imaginava.
*Direitos Reservados*
PRATO FEITO
Pedi um prato de amor
me trouxeram um prato frio,
eu reclamei,
queria que fosse quente;
brigou comigo o gerente
e me trouxe outro prato frio;
comi o que me trouxeram;
paguei o prato frio
mesmo eu querendo quente;
jamais voltarei ao puteiro
procurar amor novamente.
*Direitos Reservados*
me trouxeram um prato frio,
eu reclamei,
queria que fosse quente;
brigou comigo o gerente
e me trouxe outro prato frio;
comi o que me trouxeram;
paguei o prato frio
mesmo eu querendo quente;
jamais voltarei ao puteiro
procurar amor novamente.
*Direitos Reservados*
NADA
Deus é o tudo do nada
sob a mudez do céu oco,
homem bobo;
de querer tanto
submeter o mundo;
homem morto,
cinza,
de lavagem de porco,
se transformando
em seu nada.
*Direitos Reservados*
sob a mudez do céu oco,
homem bobo;
de querer tanto
submeter o mundo;
homem morto,
cinza,
de lavagem de porco,
se transformando
em seu nada.
*Direitos Reservados*
PENSAMENTO LENTO
Na casa da tartaruga
até o sol escurece,
só a poesia ilumina o escuro,
dos seus apetrechos
de dormir,
e o seu palito de dente
de comer,
depois de cansar de olhar,
toda fronteira do céu,
fazendo correr seus sonhos
bem devagar;
pelados...pra fora de casa.
*Direitos Reservados*
até o sol escurece,
só a poesia ilumina o escuro,
dos seus apetrechos
de dormir,
e o seu palito de dente
de comer,
depois de cansar de olhar,
toda fronteira do céu,
fazendo correr seus sonhos
bem devagar;
pelados...pra fora de casa.
*Direitos Reservados*
SAINDO DE CASA
Os beija-flores
Não querem ser vistos
de forma racional,
com olhares rosa e azul,
como burro que voce
olha empacado;
eles querem voar
pra fora de casa,
sem amarras de arame,
pra poder trepar com outras flores.
*Direitos Reservados*
Não querem ser vistos
de forma racional,
com olhares rosa e azul,
como burro que voce
olha empacado;
eles querem voar
pra fora de casa,
sem amarras de arame,
pra poder trepar com outras flores.
*Direitos Reservados*
INTERAÇÃO
Não dá pra quantificar
o choro de um violino,
ou quantas voltas dá uma harpa,
em um salão d baile,
é como pegar violão no hospício,
pra ir nadar na piscina.
Esse meu jeito de adormecer
de gato,
me faz acordar com as gaitas.
Qualquer contradição entre as gaitas
pode alterar o humor dos homens.
*Direitos Reservados*
o choro de um violino,
ou quantas voltas dá uma harpa,
em um salão d baile,
é como pegar violão no hospício,
pra ir nadar na piscina.
Esse meu jeito de adormecer
de gato,
me faz acordar com as gaitas.
Qualquer contradição entre as gaitas
pode alterar o humor dos homens.
*Direitos Reservados*
sábado, 12 de janeiro de 2008
PÉ DE POEMA
Pra tentar entender um poeta,
é preciso saber virar um camaleão,
as tres da madrugada,
na hora do nascimento;
deixar as palavras crescerem
nos dedos,
sofrer uma decomposição
de lirismo,
até as palavras pularem da mente.
Hoje eu planto um pé de poema.
*Direitos Reservados*
é preciso saber virar um camaleão,
as tres da madrugada,
na hora do nascimento;
deixar as palavras crescerem
nos dedos,
sofrer uma decomposição
de lirismo,
até as palavras pularem da mente.
Hoje eu planto um pé de poema.
*Direitos Reservados*
SEJA DIFERENTE
Não abra sua manhã
com uma faca;
prepare o dia como uma orquídea;
pra morrer feia; mas feliz.
Pegue o maior peixe que grita,
na margem do rio
que umedece primeiro.
Desinvente,
fale o que não foi falado;
insista em ser diferente.
*Direitos Reservados*
com uma faca;
prepare o dia como uma orquídea;
pra morrer feia; mas feliz.
Pegue o maior peixe que grita,
na margem do rio
que umedece primeiro.
Desinvente,
fale o que não foi falado;
insista em ser diferente.
*Direitos Reservados*
DELIRANTE
A noite dormiu antes,
de mim,
enquanto uma lagartixa
coacha de tarde;
ao lado de um sapo
que relinchava auroras.
Na voz de um poeta,
as palavras deliram.
*Direitos Reservados*
de mim,
enquanto uma lagartixa
coacha de tarde;
ao lado de um sapo
que relinchava auroras.
Na voz de um poeta,
as palavras deliram.
*Direitos Reservados*
DESAFOGADO
Semana passada
trovejou no meu futuro,
Falo sem desagero,
a água molhou o meu fígado,
enquanto as maritacas
fofocavam sobre o meu passado.
Desperdiço essas palavras com raiva,
sei que sou muito comum,
assim como as pedras.
Nessa minha nudez colorida,
conheci minha incompetência
até pra morrer.
*Direitos Reservados*
trovejou no meu futuro,
Falo sem desagero,
a água molhou o meu fígado,
enquanto as maritacas
fofocavam sobre o meu passado.
Desperdiço essas palavras com raiva,
sei que sou muito comum,
assim como as pedras.
Nessa minha nudez colorida,
conheci minha incompetência
até pra morrer.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
LIVRETO DE PATÊ DA DANI
Patê
pra ti
pra tu
fazê
patê
com pão...
patê com pão patê com pão patê com pão
patê com pão patê com pão patê com pão
Êeeeeeeta trem bão!
*Direitos Reservados*
PATÊ DE AÇUCAR
Um colibri
veio cheirar a varanda,
uma formiga saúva,
entrou de bunda na sala
pra comer o patê,
pensando ser um torrão
de açucar.
*Direitos Reservados*
CHÁ DAS CINCO
Vi uma mosca
se banhando pelada,
numa xícara tomando chá com hashi,
diante de torradas narcisas
em uma bandeija de prata,
ajeitei a visão do meu olho,
quando um elefante entrava
com a cueca arriada,
pra fazer não sei o quê,
com aquela dama tropical,
que olhava os patês na mesa,
as cinco da tarde largada,
fingindo ser uma inglesa.
*Direitos Reservados*
pra ti
pra tu
fazê
patê
com pão...
patê com pão patê com pão patê com pão
patê com pão patê com pão patê com pão
Êeeeeeeta trem bão!
*Direitos Reservados*
PATÊ DE AÇUCAR
Um colibri
veio cheirar a varanda,
uma formiga saúva,
entrou de bunda na sala
pra comer o patê,
pensando ser um torrão
de açucar.
*Direitos Reservados*
CHÁ DAS CINCO
Vi uma mosca
se banhando pelada,
numa xícara tomando chá com hashi,
diante de torradas narcisas
em uma bandeija de prata,
ajeitei a visão do meu olho,
quando um elefante entrava
com a cueca arriada,
pra fazer não sei o quê,
com aquela dama tropical,
que olhava os patês na mesa,
as cinco da tarde largada,
fingindo ser uma inglesa.
*Direitos Reservados*
AH! SE EU PUDESSE...
Se eu pudesse teria,
400 cavalos
pra chegar até voce;
mas não posso.
Com tanta gente com fome,
não seria eu;
seria um cavalo alado,
malhado e montado.
Se eu pudesse te daria,
um castelo
pra morar com você;
mas não posso.
Com tanta gente sem teto,
não seria eu;
seria um sapo dourado,
coachando no principado.
Se eu pudesse te faria,
um elixir
pra eternizar sua beleza;
mas não posso.
Com tanta gente morrendo,
não seria eu;
seria um câncer maligno,
pronto pra ser extirpado.
Se eu pudesse ser eu,
com você deitaria;
pra me misturar
no seu mundo;
imerso de futilidades.
*Direitos Reservados*
400 cavalos
pra chegar até voce;
mas não posso.
Com tanta gente com fome,
não seria eu;
seria um cavalo alado,
malhado e montado.
Se eu pudesse te daria,
um castelo
pra morar com você;
mas não posso.
Com tanta gente sem teto,
não seria eu;
seria um sapo dourado,
coachando no principado.
Se eu pudesse te faria,
um elixir
pra eternizar sua beleza;
mas não posso.
Com tanta gente morrendo,
não seria eu;
seria um câncer maligno,
pronto pra ser extirpado.
Se eu pudesse ser eu,
com você deitaria;
pra me misturar
no seu mundo;
imerso de futilidades.
*Direitos Reservados*
ESPERANDO MUDANÇAS
Garoa leve e fina;
e o dia vai se indo,
bem devagarinho;
ouço o canto do galo,
o bocejar de um grilo,
pro surgimento da lua.
As ruas caladas e desertas,
e eu te esperando,
no alpendre de casa,
vinda de não sei onde.
Chuva vem me dizer,
aquilo que só o sensível
entende.
Quando as coisas irão mudar?
No coração dessa gente!
*Direitos Reservados*
e o dia vai se indo,
bem devagarinho;
ouço o canto do galo,
o bocejar de um grilo,
pro surgimento da lua.
As ruas caladas e desertas,
e eu te esperando,
no alpendre de casa,
vinda de não sei onde.
Chuva vem me dizer,
aquilo que só o sensível
entende.
Quando as coisas irão mudar?
No coração dessa gente!
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
ESPERA
O tempo foi esculpindo,
no tempo
monstros e muitas belezas,
Transformando tudo
em um grande feitiço,
me impondo sua beleza
lá bem fundo em mim,
fazendo girar os meus olhos,
sufocando meu peito.
Ao vê-la venço meu tédio,
no canto dos seus lábios,
lábios que passeiam sorrisos;
durante as esperas úteis e inúteis
da sua recepção.
(P/ SUELEN do Poupatempo Sé)
*Direitos Reservados*
no tempo
monstros e muitas belezas,
Transformando tudo
em um grande feitiço,
me impondo sua beleza
lá bem fundo em mim,
fazendo girar os meus olhos,
sufocando meu peito.
Ao vê-la venço meu tédio,
no canto dos seus lábios,
lábios que passeiam sorrisos;
durante as esperas úteis e inúteis
da sua recepção.
(P/ SUELEN do Poupatempo Sé)
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
ACORDA JOSÉ!
Para de reclamar
se a esperança mentiu
te prometendo palácios
e uma princesa virgem,
e te deu a favela
e uma puta triste;
que te daria paletó e gravata
mas te deu andrajos mendigos.
Acorda José!
Seu ideal está nos escombros
criado por tuas crenças;
pra quem voce orou nos seus sonhos;
maldiga esse destino,
manda ele a merda!
Acorda José!
Da crença e da esperança
das mentiras que você criou;
enterra o passado das suas ilusões.
Acorda José!
Pensa por si e toma as rédeas
desta tua triste vida,
e faz a partir agora tuas novas horas.
*Direitos Reservados*
se a esperança mentiu
te prometendo palácios
e uma princesa virgem,
e te deu a favela
e uma puta triste;
que te daria paletó e gravata
mas te deu andrajos mendigos.
Acorda José!
Seu ideal está nos escombros
criado por tuas crenças;
pra quem voce orou nos seus sonhos;
maldiga esse destino,
manda ele a merda!
Acorda José!
Da crença e da esperança
das mentiras que você criou;
enterra o passado das suas ilusões.
Acorda José!
Pensa por si e toma as rédeas
desta tua triste vida,
e faz a partir agora tuas novas horas.
*Direitos Reservados*
SÓ VOU MORRER QUANDO EU QUISER
Não vou deixar
a mulher que não conheço,
nem os filhos que não tive,
nem nada que não amei ainda,
pra trocar por uma lápide,
fria e muda,
que ninguém deixa em paz.
Não conheço todos os amores,
Nem vi todas as borboletas,
não contei todas as mentiras,
e nem vivi.
Tenho compromisso com o futuro,
tenho muitos protestos pra fazer.
Se alguém quer se comover,
que se comova com a morte alheia,
bando de urubus de plantão!
*Direitos Reservados*
a mulher que não conheço,
nem os filhos que não tive,
nem nada que não amei ainda,
pra trocar por uma lápide,
fria e muda,
que ninguém deixa em paz.
Não conheço todos os amores,
Nem vi todas as borboletas,
não contei todas as mentiras,
e nem vivi.
Tenho compromisso com o futuro,
tenho muitos protestos pra fazer.
Se alguém quer se comover,
que se comova com a morte alheia,
bando de urubus de plantão!
*Direitos Reservados*
GRÃO
Andressa é um grão
Uma semente que germina
no coração dos homens
Dá frutos
que pendem
das árvores inocentes
que brotam nas pernas
entre
Um grão, uma semente,
no ventre
De farta colheita
multiplicadora da vida.
Um dia...
Ela ainda é um grão.
(Para Andressa Ferrarezi)
*Direitos Reservados*
Uma semente que germina
no coração dos homens
Dá frutos
que pendem
das árvores inocentes
que brotam nas pernas
entre
Um grão, uma semente,
no ventre
De farta colheita
multiplicadora da vida.
Um dia...
Ela ainda é um grão.
(Para Andressa Ferrarezi)
*Direitos Reservados*
LIMPANDO A ALMA
A vida seria mais fácil
Se todos deixassem a espada em casa,
Se armassem de tolerância,
e deixassem florir da alma
o sorriso.
Se o sal da lágrima
que molha os lábios
viesse do coração.
O choro
lavaria o corpo
tiraria toda a sujeira
limpando de todos o orgulho,
esse martírio que crucifica.
*Direitos Reservados*
Se todos deixassem a espada em casa,
Se armassem de tolerância,
e deixassem florir da alma
o sorriso.
Se o sal da lágrima
que molha os lábios
viesse do coração.
O choro
lavaria o corpo
tiraria toda a sujeira
limpando de todos o orgulho,
esse martírio que crucifica.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
AQUECENDO AS IDÉIAS
Dar um ombro para aqueles abandonados
por causa de amor - desamor,
sejam poetas ou não,
que passam todo tempo se martirizando
e sentindo na garganta a mudez do grito:
não sinto.
Um te escreve poemas,
outros te pedem em casamento,
outros só te amam em silêncio,
outros acham que já não podem viver.
Estando aqui sentado neste banco de praça,
vendo o sol queimar as paredes e o chão
devorando o mundo,
penso: como o amor é frio, cruel, todo o amor,
precisa de um cobertor com urgência!
*Direitos Reservados*
por causa de amor - desamor,
sejam poetas ou não,
que passam todo tempo se martirizando
e sentindo na garganta a mudez do grito:
não sinto.
Um te escreve poemas,
outros te pedem em casamento,
outros só te amam em silêncio,
outros acham que já não podem viver.
Estando aqui sentado neste banco de praça,
vendo o sol queimar as paredes e o chão
devorando o mundo,
penso: como o amor é frio, cruel, todo o amor,
precisa de um cobertor com urgência!
*Direitos Reservados*
NEM ME DÊ ATENÇÃO
Se parece que não te vejo
não acredite.
Dia após dia meu sofrimento
agarra-se em você.
Dia após dia me revolto com suas tristezas.
E vejo em meu coração, possibilidades.
Nunca acredite que não te penso,
nem dê valor a minha boca muda.
E quando ler meus poemas,
desconfie.
É necessário deitar-se comigo
na cama pra entender.
Não dê atenção, se acha que são:
só palavras em papel branco.
É minha maneira de ser e existir.
*Direitos Reservados*
não acredite.
Dia após dia meu sofrimento
agarra-se em você.
Dia após dia me revolto com suas tristezas.
E vejo em meu coração, possibilidades.
Nunca acredite que não te penso,
nem dê valor a minha boca muda.
E quando ler meus poemas,
desconfie.
É necessário deitar-se comigo
na cama pra entender.
Não dê atenção, se acha que são:
só palavras em papel branco.
É minha maneira de ser e existir.
*Direitos Reservados*
INSPIRAÇÃO POÉTICA
Desenho palavras
procurando aquela ideal
que te toque profunda.
A poesia é sua procura
rima por rima
criando um poema.
Eu me surpreendo
quando a poesia indica
o caminho da poesia
que eu imagino.
E as palavras pedem desculpas.
*Direitos Reservados*
procurando aquela ideal
que te toque profunda.
A poesia é sua procura
rima por rima
criando um poema.
Eu me surpreendo
quando a poesia indica
o caminho da poesia
que eu imagino.
E as palavras pedem desculpas.
*Direitos Reservados*
ABUSO DE SAUDADE
Todo dia ela vem
suplicando eu expulso
a insistente e abusada.
O coração palpita
e o cérebro se confunde
princípio de choro.
Mando ela embora
em vão.
A noite
eu frágil
ela invade meus sonhos,
e fica guardada;
abusada.
É meio você,
meu desejo platônico;
que eu abraço
pra me unir a você,
em sonho e alma.
*Direitos Reservados*
suplicando eu expulso
a insistente e abusada.
O coração palpita
e o cérebro se confunde
princípio de choro.
Mando ela embora
em vão.
A noite
eu frágil
ela invade meus sonhos,
e fica guardada;
abusada.
É meio você,
meu desejo platônico;
que eu abraço
pra me unir a você,
em sonho e alma.
*Direitos Reservados*
DEVANEIOS
A terra
o mar
entre
uma praia
sozinha
O dia
a noite
entre
uma tarde
de chuva
A poesia
o verso
entre
uma rima
de mulher
serena.
*Direitos Reservados*
o mar
entre
uma praia
sozinha
O dia
a noite
entre
uma tarde
de chuva
A poesia
o verso
entre
uma rima
de mulher
serena.
*Direitos Reservados*
ARSENAL DAS ÁRVORES
Há muito barulho
das árvores
As árvores caem cantando
um canto conhecido
um canto dolorido
Oh! Homens de
desencantos cruéis -
que nos acompanham
árvores frondosas
árvores de sombra
árvores de frutos
árvores de amor
Arsenal das árvores
árvores onde crescem verdades.
(Ao SIMON da Casa de Acolhida Arsenal da Esperança)
*Direitos Reservados*
das árvores
As árvores caem cantando
um canto conhecido
um canto dolorido
Oh! Homens de
desencantos cruéis -
que nos acompanham
árvores frondosas
árvores de sombra
árvores de frutos
árvores de amor
Arsenal das árvores
árvores onde crescem verdades.
(Ao SIMON da Casa de Acolhida Arsenal da Esperança)
*Direitos Reservados*
PALAVRA MULHER
Amo a palavra
que desnudo
desfruto
fecundo
uma rima
um verso
e com a mulher
viva
faço a vida
em palavra viva.
*Direitos Reservados*
que desnudo
desfruto
fecundo
uma rima
um verso
e com a mulher
viva
faço a vida
em palavra viva.
*Direitos Reservados*
COMPOSIÇÃO
Gerações
que geram ação
e ingerem emoção
com cor e ação
coração de sal
e idade - saudade
amar é vida
é mar
amarévida
indo e vindo
namorar a areia
diante do sol,
e da lua
sólua
de lágrimas e rimas
lagririma
compondo poemas
no tempo
pra
velejar no aceano.
*Direitos Reservados*
que geram ação
e ingerem emoção
com cor e ação
coração de sal
e idade - saudade
amar é vida
é mar
amarévida
indo e vindo
namorar a areia
diante do sol,
e da lua
sólua
de lágrimas e rimas
lagririma
compondo poemas
no tempo
pra
velejar no aceano.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
O HOMEM E O POETA
Separe o poeta
do homem
e verás o que encontra.
O poeta
sofre demais
ama demais ( ou não)
inventa mentiras ( ou não).
O homem
sente
ama
diz a verdade ( ou não).
O poeta
é lírico
chora
bebe
não dorme.
O homem
é cruel
finge
bebe
ronca
e dá osso ao cachorro
aos domingos.
O poeta
imagina
te envaidesce
voce acredita.
O homem
realiza o que ama
até que outra bunda
aparece.
O poeta
não é homem
é poeta
que na cama versa.
O homem
é um animal
que não pensa
e a barriga engorda.
O poeta
vê framboesas
nos seios
vê orquídeas
na vagina.
O homem
te sobe em cima
saliva
depois te dá
um tapa na bunda.
Ambos fumam demais.
*Direitos Reservados*
do homem
e verás o que encontra.
O poeta
sofre demais
ama demais ( ou não)
inventa mentiras ( ou não).
O homem
sente
ama
diz a verdade ( ou não).
O poeta
é lírico
chora
bebe
não dorme.
O homem
é cruel
finge
bebe
ronca
e dá osso ao cachorro
aos domingos.
O poeta
imagina
te envaidesce
voce acredita.
O homem
realiza o que ama
até que outra bunda
aparece.
O poeta
não é homem
é poeta
que na cama versa.
O homem
é um animal
que não pensa
e a barriga engorda.
O poeta
vê framboesas
nos seios
vê orquídeas
na vagina.
O homem
te sobe em cima
saliva
depois te dá
um tapa na bunda.
Ambos fumam demais.
*Direitos Reservados*
MORTOS
As pedras mudas
são casas
que nada pedem
só não aceitam
o esquecimento
porque não morrem
como os semi-mortos
floridos
cuidados
e limpos
diferente dos verdadeiros
mortos
túmulos
sem lápide
sem nome
esses sim
são mortos de fato.
*Direitos Reservados*
são casas
que nada pedem
só não aceitam
o esquecimento
porque não morrem
como os semi-mortos
floridos
cuidados
e limpos
diferente dos verdadeiros
mortos
túmulos
sem lápide
sem nome
esses sim
são mortos de fato.
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
GATACAROL
Uma gata pintada
de olhar agateado
gata poupa,
gata tempo,
poupa o tempo.
Ela dança o passo,
Ela passa o espaço,
Ela ama a fome,
comida na cama.
Ela sente o mundo,
Mais no fundo,
Ela não se ilude.
tatuagem
na boca
com a boca;
beijo
da gata
dos gatos
de rua;
gata que é gata,
assanhada
fica engatada.
( Poesia pra CAROLINA do Poupatempo Sé)
*Direitos Reservados*
de olhar agateado
gata poupa,
gata tempo,
poupa o tempo.
Ela dança o passo,
Ela passa o espaço,
Ela ama a fome,
comida na cama.
Ela sente o mundo,
Mais no fundo,
Ela não se ilude.
tatuagem
na boca
com a boca;
beijo
da gata
dos gatos
de rua;
gata que é gata,
assanhada
fica engatada.
( Poesia pra CAROLINA do Poupatempo Sé)
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
DE CARA CHEIA
As drogas que a tua alma vela,
que te leva pro mar,
não quer pena,
só uma fita de renda,
muita tinta na tela,
na paisagem dos olhos,
retina matutina,
que a noite,
rima tua menina,
na praia, no sol,
como canção na janela,
destruindo poesias,
poeta poeta;
seca a garrafa de cana
nesse teu pedaço de terra,
e vai dormir.
que te leva pro mar,
não quer pena,
só uma fita de renda,
muita tinta na tela,
na paisagem dos olhos,
retina matutina,
que a noite,
rima tua menina,
na praia, no sol,
como canção na janela,
destruindo poesias,
poeta poeta;
seca a garrafa de cana
nesse teu pedaço de terra,
e vai dormir.
ESTRESSE POÉTICO
Sofrerão tanto todos os poetas?
Não todos;
somente os que choram,
com lágrimas que molham o rosto,
lágrimas que molham a alma,
uma umedece, a outra entorpece,
razão e coração,
que jamais lhe respondem,
padecem em folhas virgens,
brancas como um lençol,
que lhe cobrem,
de sofrimento e solidão.
Sabe quando um poeta fica doente?
Sabe qual é a grande questão para um poeta?
A questão é:
Quanta verdade,
quanta poesia,
ele pode suportar.
Porisso,
não me fale de tranquilidade,
todo poeta só se tranquiliza,
na morte;
só essa é sua recompensa.
A de não poder morrer,
de novo.
*Direitos Reservados*
Não todos;
somente os que choram,
com lágrimas que molham o rosto,
lágrimas que molham a alma,
uma umedece, a outra entorpece,
razão e coração,
que jamais lhe respondem,
padecem em folhas virgens,
brancas como um lençol,
que lhe cobrem,
de sofrimento e solidão.
Sabe quando um poeta fica doente?
Sabe qual é a grande questão para um poeta?
A questão é:
Quanta verdade,
quanta poesia,
ele pode suportar.
Porisso,
não me fale de tranquilidade,
todo poeta só se tranquiliza,
na morte;
só essa é sua recompensa.
A de não poder morrer,
de novo.
*Direitos Reservados*
UM OLHAR MUDO
Mulheres bonitas,
homens cansados,
trocam entre si,
olhares famintos,
de homens calados,
que fornicam,
não falam,
suados, gozados,
iluminando mudos,
frios;
que quando gritam,
se matam,
sem dizer nada.
O poeta
devora a
cena
a cama
e explode
a sua timidez.
*Direitos Reservados*
homens cansados,
trocam entre si,
olhares famintos,
de homens calados,
que fornicam,
não falam,
suados, gozados,
iluminando mudos,
frios;
que quando gritam,
se matam,
sem dizer nada.
O poeta
devora a
cena
a cama
e explode
a sua timidez.
*Direitos Reservados*
MENTE POÉTICA
Minha mente tem melodias;
está grávida delas.
São muitas canções
a serem cantadas.
Minha mente tem medo;
medos
são como estrelas,
estão sempre ali,
escondidos,
sob o clarão do dia.
Minha mente tem poesia;
que estou educando,
a tempos;
verso a verso;
até dar a luz a um poema.
*Direitos Reservados*
está grávida delas.
São muitas canções
a serem cantadas.
Minha mente tem medo;
medos
são como estrelas,
estão sempre ali,
escondidos,
sob o clarão do dia.
Minha mente tem poesia;
que estou educando,
a tempos;
verso a verso;
até dar a luz a um poema.
*Direitos Reservados*
AZUL
Voce é azul
como o céu,
como o mar
abraçando o horizonte,
babando espuma
de maré
num frenesi,
copulando com rochas
com seu colar
de mariscos na cintura,
indo e vindo... vindo e indo
prá provocar meus olhos
azuis
de devaneios,
minha cabeça de ostra,
e meu corpo,
de Merlin azul.
*Direitos Reservados*
como o céu,
como o mar
abraçando o horizonte,
babando espuma
de maré
num frenesi,
copulando com rochas
com seu colar
de mariscos na cintura,
indo e vindo... vindo e indo
prá provocar meus olhos
azuis
de devaneios,
minha cabeça de ostra,
e meu corpo,
de Merlin azul.
*Direitos Reservados*
ACORDANDO A DECISÃO
Acordei
mas deixei a decisão
dormindo
Só me dei conta
agora.
Mandei o galo
cantar,
ela não levantou,
batuquei no peito
não se mexeu,
fiquei irritado
ela só resmungou;
Porque faz isso comigo?
Gritei!
Ela acordou,
pra eu ter coragem
de dizer:
Acorda mundão de Deus!
*Direitos Reservados*
mas deixei a decisão
dormindo
Só me dei conta
agora.
Mandei o galo
cantar,
ela não levantou,
batuquei no peito
não se mexeu,
fiquei irritado
ela só resmungou;
Porque faz isso comigo?
Gritei!
Ela acordou,
pra eu ter coragem
de dizer:
Acorda mundão de Deus!
*Direitos Reservados*
MEDIOCRIDADE
O homem
em dado momento
chora, brada,
toma um tapa,
natureza domada,
selvática,
encarcera seu lobo,
transforma em cão
de raça.
Moderação?
Não.
Mediocridade!
*Direitos Reservados*
em dado momento
chora, brada,
toma um tapa,
natureza domada,
selvática,
encarcera seu lobo,
transforma em cão
de raça.
Moderação?
Não.
Mediocridade!
*Direitos Reservados*
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